quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Gerontofobia: medo de envelhecer pode ser um problema

O envelhecimento faz parte do desenvolvimento do ser humano. Porém, para algumas pessoas, estar perto de idosos ou identificar em si mesmo marcas de que o tempo está passando – como rugas – pode ser assustador. A gerontofobia caracteriza a rejeição à velhice e, consequentemente, aos que estão passando por ela.

De acordo com o psiquiatra Marcelo Betinardi, os motivos que levam a essa recusa variam muito, já que dependem das experiências do indivíduo com a velhice e de como o idoso é tratado por quem está a sua volta ao longo dos anos. “Um dos temores do ser humano é a morte, e a velhice é um prenúncio dela. Ao ver esse estágio da vida se aproximar, a pessoa percebe que há finitude e começa a negá-la, tentando não deixar que isso aconteça com ela, seja com exercícios físicos ou cirurgias plásticas, por exemplo”, diz.

Ainda, sem registro no CID-10 (Classificação Internacional das Doenças), a gerontofobia não é considerada diagnóstico. No entanto, é possível percebê-la na conduta do indivíduo. “Chamamos de fobia porque é um medo excessivo e desproporcional ao risco oferecido por tal coisa. No caso, o envelhecimento. Pessoas que discriminam idosos, que estão preocupadas demais com a aparência, adultos que se comportam como jovens são exemplos. É claro que não podemos generalizar, pois um conjunto de fatores é que vai determinar se o que você tem é gerontofobia ou não”, explica Dinah Akerman, psiquiatra pela USP (Universidade de São Paulo).

No romance “O Retrato de Dorian Gray” (1890), de Oscar Wilde, é possível explicar esse temor: na história, um retrato do protagonista “envelhece”, enquanto o próprio Dorian Gray se mantém jovem. Não existe uma idade para despertar esse sentimento, que é inconsciente. Mas, a partir de certos momentos, quando começamos a perder pessoas próximas ou mesmo quando vemos nossos pais envelhecerem, e isso significa o nosso próprio envelhecimento, nos deparamos com o fim da ilusão de que a vida é eterna. Muitas pessoas não sabem lidar com as mudanças que cada fase traz, começam a pensar de forma fixa em como será a sua velhice, e é aí que está o problema.

Apesar de não existir uma idade certa para a fobia se manifestar, alguns acontecimentos podem influenciar. Não é regra, claro, mas mulheres que estão perto dos 30 anos e ainda não casaram ou tiveram filhos começam a se achar velhas. Já para os homens, esse sentimento vem pelo lado profissional, quando não conseguem o status desejado. O que as pessoas precisam entender é que o que conta é o estado de espírito de cada um. Precisamos nos sentir ativos, sempre com algo a oferecer e compartilhar, seja com 30, 60 ou 90 anos.


Assim como a maioria dos traumas e doenças psicológicas, o medo de envelhecer também só é caracterizado como um problema quando existe prejuízo psicossocial progressivo. Ou seja, quando a preocupação em ficar velho atrapalha a vida e prejudica o indivíduo. Segundo os especialistas, o estigma ligado às pessoas mais velhas está diretamente relacionado à gerontofobia. Basta observar como os idosos são tratados nas diversas partes do mundo. No oriente ou em tribos indígenas, por exemplo, são sábios; já no ocidente, são vistos como pessoas que dão trabalho, lenta. Isso tudo gera recusa porque ninguém quer passar por isso.

Diante de um cenário de medo de chegar à terceira idade, é preciso observar que, além de ser uma etapa do ciclo da vida, entrar na velhice traz mudanças, assim como qualquer outra passagem, como, por exemplo, da infância para adolescência, e assim por diante. A primeira vantagem que devemos perceber é que, se chegamos à velhice é porque estamos vivos. Todos os momentos de passagem têm coisas boas e ruins. O envelhecimento traz questões para serem vividas. É preciso saber envelhecer.

Fonte: Coisa de Velho 


sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Envelhecimento da população pode triplicar casos de Alzheimer até 2015

As pesquisas sobre o Alzheimer estão mais intensas em todo o mundo e o fato da informação estar disseminada contribui para acelerar o progresso das novas descobertas sobre a doença.

De acordo com o neurologista, Dr. Flavio Sallem, um dos maiores desafios dos pesquisadores é não transpor os limites éticos, em vista que há dificuldades em se fazer estudos com as experiências restritas aos laboratórios. Com o envelhecimento da população e a mudança na pirâmide etária da população brasileira indica que os casos de Alzheimer dobrem ou tripliquem até 2050. Esses números já são realidade. De acordo com o neurologista, os números indicam que a partir dos 80 anos o risco de Alzheimer dobra a cada cinco anos, sendo a idade o principal fator de risco da doença.

O lado positivo é que existe prevenção, sim. Evitar a hipertensão com a prática de atividades físicas, tratamento adequado de diabetes com a dieta adequada. O sedentarismo provavelmente está relacionado à doença de Alzheimer. Ainda há a porcentagem de incidência atribuída a fatores genéticos.


Fonte: Coisa de Velho 

domingo, 7 de dezembro de 2014

Dieta especial contra artrite

A artrite ainda não tem cura. Até se movimentar pode ser um incômodo, que começa suave e vai se agravando até chegar ao ponto de que pegar um livro na estante ou se levantar de uma cadeira, torna-se um verdadeiro sacrifício. Tudo isso devido à inflamação das articulações.

O acompanhamento médico adequado permite ao paciente levar uma vida normal, sem dores ou limitações físicas. Para isso, se faz necessário ter um diagnóstico precoce, praticar  exercícios físicos leves e realizar fisioterapia em casos menos agudos, além de mudar totalmente sua alimentação. Uma boa dica é incluir em sua dieta alimentos ricos em Omega-3.

Confira algumas dicas:  

Peixes de água fria

Peixes como atum, sardinha e salmão são ótimas opções para consumir um importante nutriente, os ácidos graxos poli-insaturados ômega-3, que são eficazes para impedir um processo de conversão de nutrientes no organismo responsável por originar inflamações.
Sem contar que estes peixes ajudam no controle do colesterol, na regeneração dos tecidos, na prevenção de doenças cardiovasculares e são capazes inclusive de amenizar alguns dos sintomas da TPM e da Menopausa. Recomenda-se consumir um filé, duas vezes na semana.

Azeite de oliva

O azeite de oliva é um alimento importantíssimo para a saúde, graças ao seu teor de ômega-3, polifenóis, vitaminas e betacaroteno. Apesar de ser consumido mais em saladas, ele pode ser utilizado em todos os pratos. Este óleo apresenta importante função anti-inflamatória e antioxidante, já que preserva as células, evitando a deterioração delas. Recomenda-se consumir de uma a duas colheres por dia.
Óleo de Soja
Este óleo é um alimento rico em gorduras poli-insaturadas, além de ser uma importante fonte da vitamina. É capaz de atuar na prevenção de doenças cardiovasculares, no bom funcionamento dos sistemas nervoso e imunológico e no combate a radicais livres. Apresenta uma poderosa ação ant-iinflamatória, sem contar que ajuda a regular os níveis de colesterol no organismo. Recomenda-se de uma a duas colheres por dia.

Linhaça

Ótima fonte de ácidos graxos essenciais, vitamina e fibras, a linhaça é um alimento que proporciona maior fluidez sanguínea, reduz o colesterol ruim, evita a formação de placas de gorduras das artérias e promove efeitos anti-inflamatórios no organismo. Recomenda-se de uma a três colheres de sopa por dia.

Rúcula

Esta folha apresenta inúmeras vantagens e benefícios ao nosso corpo. Para se ter uma ideia, as folhas verde-escuro da rúcula são fontes riquíssimas de ômega-3 e das vitaminas A e C, potentes antioxidantes que combatem os radicais livres. Recomenda-se um prato de sobremesa por dia.

Fonte: Melhor com Saúde 

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

4 direitos do Estatuto do Idoso que todos devem conhecer

Conheça direitos previstos no Estatuto do Idoso que muita gente nem sabe que existe, e exija que eles sejam cumpridos por todos.

Os direitos das pessoas com mais de 60 anos não se resumem a poder pegar a fila preferencial ou andar de ônibus de graça. Apesar de o Estatuto do Idoso já ter completado dez anos, a maioria dos brasileiros costuma conhecer apenas esses direitos.

Segundo Adriana Zorub Fonte Feal, presidente da comissão dos direitos dos advogados idosos da OAB/ SP, o país está envelhecendo, mas ainda não parece pronto para isso.

Ao não reconhecer o próprio envelhecimento, o idoso abre mão de seus direitos“, explica a advogada. Por isso é importante conhecer bem a lei e fazer questão de que ela seja cumprida.

Veja, a seguir, alguns pontos do estatuto bem importantes.

Bem-estar
O que são maus-tratos?  Maus-tratos contra idosos não são apenas agressões físicas de fato, como aqueles espancamentos horríveis que vivem aparecendo no noticiário. Deixar um velho sozinho a maior parte do tempo, não trocar a fralda geriátrica na frequência necessária ou não oferecer alimentação adequada também são exemplos de ações consideradas maus-tratos pelo Estatuto do Idoso. A quem recorrer? Qualquer tipo de denúncia pode ser registrada numa delegacia do idoso, presente em vários municípios, ou mesmo numa delegacia comum. Para pedidos de pensão alimentícia, vá à Defensoria Pública. Em situações de risco, como abandono ou maus-tratos, também é possível procurar o promotor de Justiça no Ministério Público.

Finanças
Pessoas com 65 anos ou mais que nunca contribuíram para a previdência e fazem parte de uma família com renda per capita inferior a R$ 181 (um quarto do salário-mínimo) têm direito ao BPC (Benefício de Prestação Continuada), cujo valor é um salário mínimo por mês. Para calcular a renda per capita da família, some os rendimentos de todos e divida o resultado pelo número de pessoas que vivem na casa. Para solicitar o BPC, basta ir a uma agência do INSS com comprovante de residência, certidão de nascimento, CPF, documento de identidade e carteira de trabalho do idoso e dos outros membros da família. Caso não tenha como se manter por conta própria, o idoso também pode pedir pensão alimentícia para seus descendentes (filhos, netos, sobrinhos) ou ascendentes (pais ou avós). O valor é calculado de acordo com a possibilidade financeira do parente. Mesmo quem recebe aposentadoria pode solicitar a pensão alimentícia caso o beneficio não seja suficiente para as necessidades da pessoa. Quem desvia o dinheiro ou usa os cartões dos mais velhos indevidamente pode ser punido por isso. Essa violência financeira representa 70% das denúncias registradas pelos idosos, revela Adriana. Idosos que recebem aposentadoria ou pensão e tem alguma doença grave são isentos do imposto de renda.

Saúde
Embora o governo não tenha programas específicos de distribuição de medicamentos para essa faixa etária, os maiores de 60 podem recorrer às lojas que fazem parte do programa Farmácia Popular, do Ministério da Saúde, para comprar alguns remédios com desconto e para retirar, de graça, fraldas geriátricas e medicamentos para diabetes, hipertensão e asma, disponíveis para toda a população. Idosos doentes não podem ser obrigados a ir a um órgão público para atender chamados do governo.
O órgão deve mandar um representante até a casa da pessoa para resolver a questão. Se estiver lúcido, o idoso tem direito de tomar as decisões relativas a tratamentos aos quais tenha que se submeter.

Lazer
A turma da terceira idade paga meia entrada em cinemas, teatros, shows e eventos esportivos. Idosos com renda inferior a dois salários-mínimos podem viajar de graça em ônibus interestaduais.
Se a renda for maior que isso, pagam apenas metade do valor da passagem.

Fonte: Portal do Idoso 

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Fisiculturista de 75 anos entra para o livro do Guinness


Essa é para você que, no auge dos seus 30 anos, reclama que está em pique para se exercitar: Ernestine Shepherd tem 75 anos e é a fisiculturista mais velha do mundo. Aos 53 anos decidiu que iria mudar completamente os seus hábitos, passando a fazer esportes diariamente e com total dedicação.

Além de fazer parte do livro dos recordes do Guinness, Ernestine é personal trainer, treinadora certificada e dedica-se a inúmeros trabalhos de voluntariado. Como o tempo que lhe sobra é tão escasso, a recordista levanta-se todos os dias às três da manhã para começar o seu treino, que consiste em correr mais de 10 km e levantar pesos.

A sua inspiração nasceu pela admiração que tem por Sylvester Stallone, mas hoje em dia Ernestine Shepherd inspira várias pessoas que não ficaram indiferentes à sua determinação. A fisiculturista profissional não esconde o seu segredo de ninguém. Ela acredita que para nos mantermos jovens, temos que praticar exercícios físicos. Gosta de dizer que a sua idade não passa de um número. Na sua entrevista à BBC diz que o seu objetivo é inspirar outras pessoas a fazerem esportes e a terem uma alimentação mais saudável.




Fonte: Revista Viver 

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Inclua no prato 12 alimentos que hidratam

Confira a lista de frutas e legumes que não podem faltar no seu cardápio de verão

Manter a hidratação é fundamental para segurar o metabolismo em ordem e também para evitar problemas como tontura e pressão e baixa. Quando o clima esquenta, o desafio é maior: água, sucos naturais e outros refrescos precisam ficar por perto o dia inteiro, evitando as crises de desidratação. A forma de contribuir para que seu corpo permaneça hidratado é investir em frutas e legumes que contêm água na composição. 

É importante ressaltar que o consumo desses alimentos não elimina o consumo de água. A ingestão de água é essencial para regular uma série de funções no organismo. Sem o líquido, vários sistemas vitais são comprometidos, desde o controle da temperatura corporal até a circulação sanguínea. Mas o consumo regular das sugestões que você acompanha a seguir contribui para que os desconfortos causados pela desidratação deixem de incomodar. Todos eles contêm mais de 80% de água na composição e vão ajudar você a manter o pique. 

Melancia
Logo na primeira mordida já da pra perceber que a melancia é cheia de água – precisamente 92%, com 31 calorias a cada cem gramas da fruta. Além de água, a melancia também possui vitaminas do complexo B, vitamina A, que protegem a visão e pele, provinem infecções e combatem radicais livres.

Morango
Delícia muito usada em sobremesa, 100 gramas de morangos têm 92% de água em sua composição, 30 calorias e podem acompanhar desde a salada até o bolo no café da tarde. Essa fruta contém ácido elágico, que evita danos nas células, auxiliando na prevenção do câncer. O morango também possui fisetina, um nutriente muito importante para a memória, além do fósforo, potássio e magnésio – nutrientes essenciais para o bom funcionamento do sistema nervoso central.

Pêssego
Com apenas 35 calorias, um pêssego médio tem 89% de água e é importante para a prevenção de problemas relacionados à visão e a pele, por conter quantidades significantes de vitamina A. Pode ser consumido puro, em suco ou acompanhado de outras frutas.

Framboesas
Famosas pela presença de antioxidantes, as framboesas também são excelentes quando o assunto é hidratação. Uma porção com 100 gramas da fruta tem 87% de água, 57 calorias e propriedades capazes de diminuir os sintomas da TPM, como as cólicas e oscilações de humor.

Abacaxi
Com 48 calorias e 87% de água em 100 gramas, o abacaxi é composto por vitamina C, ácido málico e bromelina. Este último auxilia na digestão, por isso o ideal é consumi-lo como suco em fatias após uma refeição.

Pepino
O pepino tem 17 calorias a cada 100 gramas e é composto de 96% de água. Para aproveitar melhor esse benefício o ideal é consumi-lo cru, na salada ou sozinho. Esse alimento possui nutrientes como potássio, (aliado na luta contra hipertensão) e vitamina C, que fortalece nosso sistema imunológico.

Abobrinha
A abobrinha também apresenta uma grande quantidade de água (95%) em sua composição. Ela também é rica em vitamina B3, que auxilia na manutenção dos níveis de colesterol. Recentes pesquisas mostram que essa vitamina pode inclusive elevar os níveis de colesterol bom. É comum cozinhar a abobrinha antes de comer, o que acaba retirando boa parte da água desse alimento. Se a intenção for hidratar, prefira consumi-lo cru, ralado ou fatiado na salada.

Tomate
Marcando presença na maioria dos pratos, 100 gramas de tomate têm 94% de água e só 20 calorias. Além disso, o alimento oferece nutrientes, fósforo, vitamina A, e vitamina C, que fortalece o sistema imunológico, prevenindo doenças.

Cenoura
Uma xícara de cenoura é composta por 88% de água e tem 45 calorias. Muito conhecida por seu alto teor de vitamina A, é possível consumi-la fatiada, ralada ou naquelas versões mini, como um lanche entre refeições.

Salada que hidrata
Para acompanhar o pepino, o tomate, a cenoura e os rabanetes, você pode completar sua salada com folhas que também possuem muita água. A que mais hidrata é a alface.  Uma xícara de alface tem 96% de água e apenas 10 calorias. Já uma xícara de espinafre tem 92% de água e 40 calorias, além de ser riquíssima em cálcio, potássio e vitamina A. O repolho, além de ter 93% de água e 15 calorias em uma xícara, também é rico em potássio.


Fonte: Minha vida

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Senhora de 97 anos se forma em direito e diz: “Quero ser útil para a sociedade”.


Fazer um curso superior sempre foi um sonho de Chames Salles Rolim. Mas ela adiou o sonho durante uma vida inteira, e só decidiu entrar para a faculdade após a morte do marido, com quem foi casada por 63 anos, que era bastante ciumento e não aprovava a ideia.
Aos 97 anos, com uma lucidez incrível, muito ativa e com dez filhos criados, a mineira de Santa Maria de Itabira acaba de receber o diploma de bacharel pela Faculdade de Direito de Ipatinga (Fadipa). E quer ser muito útil para a sociedade.
“Sei que a minha idade não me dá muito prazo”, diz. “Por isso o que eu quero é ser útil a quem me procurar, compartilhar o conhecimento. Se eu não souber responder algo, vou orientar a pessoa a buscar quem saiba.”

Filha de libaneses, ela acredita na instrução como ferramenta de transformação social. “O ser humano deve aprender a distinguir entre o bem e o mal e, para isso, precisa ter acesso a uma fonte esclarecedora”, afirma. “Se eu puder ajudar nisso, ficarei muito feliz.”
E complementa: “A gente sempre pode aprender, mesmo que seja a conviver melhor com as pessoas”.

Fonte: Meio norte 

sábado, 1 de novembro de 2014

Um em cada três bebês nascidos em 2013 vai viver até aos 100 anos

No final do século, a esperança de vida é de chegar aos 100 anos.

"No dia seguinte ninguém morreu". Nem no outro, nem no outro, nem no outro. Na obra Intermitências da Morte, José Saramago imaginou uma sociedade onde todos viveriam para sempre. Apesar do desenvolvimento da medicina e dos avanços científicos, a vida eterna continua a ser pura ficção. Mas a verdade é que o aumento ininterrupto da longevidade é bem real. Há décadas que a esperança de vida em relação a taxa de natalidade cresce: mais três meses por cada ano que passa. No final do século, chegará aos 100 anos. A barreira do centenário, que a maioria acredita não vir a ultrapassar, vai se tornar vulgar. E depois? Qual é o limite? 


De acordo com as Nações Unidas, na maioria dos países, independentemente da sua localização geográfica ou estádio de desenvolvimento, a taxa de crescimento dos chamados muito idosos, a partir dos 80 anos, vai subir mais rapidamente do que a de segmentos mais jovens da população. Apesar da proporção de pessoas que vivem até aos 100 ser ainda muito pequena, o número é crescente. No ano 2000, havia cerca de 180 mil centenários em todo o mundo. Em 2050, estima-se que venham a ser 3,2 milhões. 

Em Portugal, o fenômeno também não passa despercebido. Há 100 anos havia no país apenas 395 centenários. No ano passado, eram 3393, quase dez vezes mais. E o ritmo de crescimento acelerou nos últimos anos. Desde 2011, o número de portugueses com mais de um século de vida tem aumentado a um ritmo de cerca de 30% ao ano. “Se não houver nenhum fator que interfira com a esperança de vida, como guerras ou grandes epidemias, pouco tempo ela chegará aos 100 anos”, diz José Rueff, diretor do Centro de Investigação em Genética Molecular Humana da Universidade Nova de Lisboa. 


Esse já é, aliás, o horizonte de vida de grande parte das crianças nascidas agora. Segundo um estudo do Instituto de Estatísticas do Reino Unido, um em cada três bebês nascidos em 2013 viverá, pelo menos, até 2113.

Biologia favorece as mulheres
Qual será, afinal, a próxima fronteira? 150, 200 anos? Pode parecer delírio, mas Aubrey de Grey, um conceituado investigador britânico na área da gerontologia, garante mesmo que a primeira pessoa a chegar aos 150 já nasceu. O cientista acredita que nas próximas décadas os médicos terão todas as armas de que precisam para "curar" o envelhecimento. E quando conseguiremos? Ninguém sabe ainda determinar qual será o limite de viabilidade biológica do organismo, "pela simples razão que os próprios mecanismos de envelhecimento são ainda relativamente obscuros" – diz Grey. 

O limite máximo da duração da vida não mudou ao longo dos séculos. Sempre houve gente a viver muito tempo. O que aumentou foi a percentagem de pessoas a atingirem a idade avançada e, consequentemente, a esperança média de vida. 

Por razões fisiológicas e por hábitos de vida, as mulheres terão sempre um horizonte maior. "Os homens tendem a ter doenças terminais mais cedo, comportamentos de risco mais frequentes em idades mais precoces, uma alimentação mais desequilibrada e mais dificuldade em lidar com o estresse porque internalizam mais os problemas", explica o biólogo Miguel Remondes. 

Outra explicação recentemente investigada, e ainda controversa, prende-se com o fato das mulheres terem duas cópias do cromossomo X e os homens apenas um. Isso faz com que os defeitos já identificados em genes desse mesmo cromossomo possam ser compensados pela mulher, em que quase sempre uma das cópias é boa, mas não no homem, adianta Remondes. 

Adolescentes até aos 40?
Em 1914, Josefa Sousa era a mulher mais idosa de Portugal. Tinha 118 anos, morava perto de Amarante e permanecia completamente lúcida. José Henriques de Sousa, pai de 29 filhos, era o homem mais idoso. Aos 104 anos, o lavrador do Ribatejo ainda dirigia os negócios da família e só lamentava não ser mais novo para poder ir para a guerra que então acabava de eclodir na Europa. Há precisamente 100 anos era esta a vida dos velhos mais velhos do país. 

E como será a vida no tempo em que chegar à idade de Josefa ou José deixar de ser exceção e passar a ser a regra? Toda a sociedade e os ciclos de vida terão de ser repensados, diz o investigador Pedro Granja: "Se vivermos todos até aos 100, não fará  sentido termos de escolher um curso aos 18 e deixarmos de estudar aos 22 ou 23. Teremos de trabalhar até muito mais tarde e as diferentes fases da vida serão necessariamente retardadas. A infância, o tempo de juventude, a idade adulta e a velhice conhecerão novas fronteiras, como aliás já começa a acontecer". 

Ainda faltam, porém, várias décadas até que a esperança média de vida atinja os 100 anos. Para já, mais importante do que somar anos à vida é acrescentar qualidade de vida aos que nos esperam. Interessa mais medir os anos de vida saudáveis do que simplesmente os anos que ainda devemos ter. São duas coisas completamente diferentes. Aos 65 anos, uma mulher tem, em média, mais 20 anos de vida, mas apenas mais 6,6 de vida saudável. E os homens menos.

Fonte: Expresso Sapo




terça-feira, 21 de outubro de 2014

Idosos fazem parte do grupo que mais cresce no Facebook

Participação de usuários acima de 65 anos cresceu 10% em 2013 nos Estados Unidos

Quando Mark Zuckerberg criou o Facebook enquanto estudava em Harvard, provavelmente, não imaginava a terceira idade como o principal nicho de mercado de sua plataforma. Mas, quase uma década depois, o futuro dessa rede social depende cada vez mais de sua adoção entre idosos.



Em 2013, os maiores de 65 anos foram o grupo que mais cresceu na maioria das redes sociais nos Estados Unidos, incluindo Facebook e Twitter, aumento que contrasta com uma leve diminuição no número de usuários mais jovens, segundo um levantamento recente do Centro de Pesquisas Pew. Agora, portanto, os jovens não só compartilham o espaço virtual com seus pais e tios, mas também com seus avós.

A pesquisa revela que, embora o Facebook continue reinando entre as redes, seu alcance é tão grande que começa a chegar ao limite. Além disso, um crescente número de usuários já divide seu tempo entre várias redes sociais.

Segundo o Pew, 71% dos internautas americanos têm um perfil no Facebook, representando 4% a mais em relação ao fim de 2012. Mas esse aumento se deve unicamente aos maiores de 30 anos e, sobretudo, à sua expansão entre os maiores de 65 anos. A porcentagem de usuários idosos na rede de Zuckerberg nos Estados Unidos cresceu 10% no último ano, e o site já alcança 45% dos que usam a internet com essa idade.
O aumento contrasta com a redução de 2% (86% em 2012 para 84% em 21013) dos usuários entre 18 e 29 anos. Outro estudo da iStrategy indicou queda entre usuários do ensino médio e de ensino superior dos Estados Unidos. Entre 2011 e 2014, a rede social perdeu cerca de 11 milhões de usuários jovens.

Embora os jovens ainda sejam, de longe, os principais usuários das redes sociais, os números não mentem: o potencial de crescimento é muito maior na terceira idade. “A demografia das audiências das redes sociais pode mudar ao longo do tempo e, como em qualquer negócio, as redes que mudam com elas, prosperarão”, afirmou Tammy Gordon, vice-presidente da Associação Americana de Aposentados.

Novos hábitos
Thomas Kamber, diretor e fundador do Older Adults Tecnology Services, (OATS ou Serviço de Tecnologia para Idosos), se queixou que as empresas do setor só pensam nos jovens. “É uma pena, porque são os mais velhos que provam a qualidade de seus produtos. Se funciona para idosos, funciona para todos”, afirmou Kamber


Tammy destacou que a terceira idade utiliza smartphones e tablets e compra pela internet igual aos jovens. Além disso, recorre às redes sociais para manter o contato com parentes e amigos. O interesse crescente das pessoas mais velhas pela tecnologia se deu nos últimos dois anos. Ele afirma ainda que esse fenômeno pode ser atribuído ao fato de que os idosos dispõem hoje de suficientes noções de informática e têm muita vontade de se manter ativos. “Eles querem se envolver no mundo. A tecnologia é uma forma de conseguir isso. Estão pedindo mais participação na sociedade digital. Além disso, há três anos quase nenhum aposentado sabia utilizar um computador. Agora, sim. E estar no Facebook é o passo seguinte”, afirmou o diretor da OATS.

Fonte: Estadão.com.br 

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Encontro discutirá por que mulheres e homens vivenciam o envelhecimento de formas diferentes

A 2ª edição brasileira do Fórum Internacional da Longevidade, que acontece em outubro no Rio de Janeiro, contará com a participação de representantes da ONU. 

A expectativa de vida aumentou 30 anos no último século. Mais longevas do que os homens, mulheres cuidam de todos os integrantes da família e vivem mais tempo sozinhas. O número de viúvas é grande. Quem cuida delas? 

Terão os idosos, e em especial as mulheres, todos os capitais necessários à qualidade de vida esperada: o capital vital (saúde), o financeiro (aposentadoria), o social (interação e atividades em grupo) e o conhecimento (educação continuada, atualização)? 

Envelhecimento e gênero

Para discutir e analisar as diferenças entre o homem e a mulher, não somente nos aspectos genéticos, mas também na construção social, o Centro Internacional de Longevidade Brasil (ILC, na sigla em inglês) está promovendo a segunda edição do Fórum Internacional de Longevidade no Brasil, este ano com o tema “Envelhecimento e Gênero”. 

O evento, que será realizado nos dias 16 e 17 de outubro, no Rio de Janeiro. Participarão do encontro 30 experts brasileiros, internacionais, representantes de organizações e parceiros, entre elas a Organização das Nações Unidas, compartilhando e discutindo os mais atuais conhecimentos da área. 

“Estamos diante de uma revolução. A expectativa de vida dos idosos aumentou 30 anos no último século. Hoje, a população que nasce pode viver em média 75 anos de idade, o que gera implicações para toda a sociedade”, afirma Alexandre Kalache, médico, gerontólogo, presidente do ILC e líder do fórum. O encontro tem o apoio do Fórum Mundial de Demografia e Envelhecimento (WDA Forum), organizado em conjunto pela Bradesco Seguros e UniverSeg, em associação com o Centro de Estudo e Pesquisa do Envelhecimento (CEPE), parceiros da academia, governo, organizações da sociedade civil e as Nações Unidas. 

Fonte: Portal da Terceira Idade 

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Quatro exercícios para cuidar da pele de rosto na terceira idade

Com o passar do tempo a pele do rosto começa a exigir alguns cuidados especiais. Tratamentos estéticos, cremes hidratantes e loções anti-sinais invadem a rotina das mulheres que pretendem manter a pele bonita e saudável.
Mas será que só esses procedimentos já são suficientes? Especialistas afirmam que fazer ginástica facial, 15 minutos por dia, também ajuda a combater as marcas de expressão e a flacidez.

Confira quatro exercícios que vão lhe ajudar a cuidar da pele de forma eficiente e econômica:
Exercício para os olhos
- Feche os olhos e mantenha as pálpebras bem pressionadas por cinco segundos.
- Repita o processo cinco vezes.
-Na hora de realizar o movimento, fique atenta para não deixar a testa franzida.

Exercício para o rosto
- Posicione a ponta da língua no céu da boca.
- Em seguida, coloque as duas mãos embaixo do queixo.
-Tente abrir a boca, mas impeça com as mãos.
- Mantenha essa posição por cinco segundos, sem forçar a arcada dentária.
- Repita o procedimento, três vezes, todos os dias.

Exercício para a testa
- Arregale os olhos e erga as sobrancelhas, fazendo uma expressão de susto.
- Mantenha essa expressão por cinco segundos.
- Em seguida, relaxe a musculatura facial e repita o processo por três vezes, diariamente.

Exercício para a boca
- Com os lábios entreabertos, dê um sorriso e segure a expressão por cinco segundos.
- Após o tempo determinado, relaxe a musculatura e repita o processo 10 vezes, todos os dias.

Fonte: M de Mulher e viva sênior 

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Estudo aponta relação entre soníferos e risco de Alzheimer

Segundo estudo, utilização de certos soníferos e tranquilizantes pode aumentar sensivelmente o risco de se desenvolver a doença 


A utilização de certos soníferos e tranquilizantes da família das benzodiazepinas por longos períodos pode aumentar sensivelmente o risco de se desenvolver o Mal de Alzheimer, revela um estudo franco-canadense publicado nesta quarta-feira.
Durante seis anos, os pesquisadores analisaram 1.796 casos de Alzheimer reportados em um programa canadense de assistência médica e compararam os dados com informações de 7 mil pessoas do mesmo sexo e idade, mas com boa saúde.
No estudo, publicado no site do British Medical Journal (thebmj.com), os pesquisadores concluíram que o consumo de benzodiazepinas durante mais de três meses está associado a um risco maior de sofrer de Alzheimer, que pode chegar a 51%.
O risco está associado à duração do tratamento e a utilização de benzodiazepinas cujo efeito é mais prolongado.
Os autores do estudo, entre os quais pesquisadores do francês Instituto Nacional de Saúde e Pesquisa Médica (INSERM) e da Universidade de Montreal, destacaram que os resultados "reforçam a suspeita de um vínculo direto" entre o consumo de benzodiazepinas e o Mal de Alzheimer, que ainda precisa ser confirmado.
As benzodiazepinas constituem "incontestavelmente ferramentas preciosas para tratar ansiedade e insônia temporárias", mas os tratamentos devem ser de curta duração e "não superar os três meses", destacam os especialistas.
Os resultados do estudo vão na mesma direção das advertências lançadas pelas autoridades de saúde de vários países sobre a utilização de benzodiazepinas, especialmente em pessoas mais velhas, devido aos efeitos secundários de ordem cognitivaSegundo a agência francesa de segurança de medicamentos (ANSM), 11,5 milhões de franceses consumiram ao menos uma vez a benzodiazepina no ano de 2012, entre os quais 7 milhões por ansiedade e 4,2 milhões transtornos do sono.
Os consumidores tinham, em média, 56 anos e quase dois terços eram mulheres. Entre o grupo feminino, um terço estava acima dos 65 anos.
Fonte: Exame | Abril

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Filhas cuidam dos pais idosos o máximo que podem; filhos, o mínimo possível

Pesquisa mostrou que mulheres dedicam duas vezes mais tempo do que os homens nos cuidados com os parentes

As filhas tendem a cuidar mais dos pais idosos do que os filhos, revelou um estudo divulgado nesta terça-feira no Encontro Anual da Associação Americana Sociológica, nos Estados Unidos. 
A pesquisa foi baseada em dados coletados em 2004 pela Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, sobre a saúde e aposentadoria de 26 000 americanos acima de 50 anos. Segundo os pesquisadores, as filhas dedicam em média doze horas por mês para ajudar os pais idosos. Já os filhos gastam metade disso, cerca de seis horas.
"A quantidade de tempo que as filhas devotam aos pais é limitada por fatores como trabalho e família. Já a dedicação dos filhos se justifica apenas pela ausência de outros cuidadores, como irmãs", diz a coautora do estudo Angelina Grigoryeva, da Universidade Princeton.
O estudo também indicou que quando há irmãos de ambos os sexos, o gênero é o fator mais importante na divisão da assistência aos pais. "Os filhos fazem menos esforço quando têm uma irmã, enquanto as filhas aumentam quando têm um irmão", explica Angelina. "Numerosos estudos já reportaram consequências negativas à saúde mental e física, incluindo maior taxa de mortalidade, de pessoas que prestam cuidados a familiares idosos. Esses cuidadores frequentemente precisam se revezar com o emprego, o que pode resultar em menores salários. Além disso, podem ter maiores gastos financeiros", diz Angelina. 


Fonte: Veja Rio 

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Alzheimer: A dor do esquecimento

O Alzheimer não causa dor apenas nos idosos, mas em todos os familiares.

Assista ao vídeo e conheça um pouco mais dessa doença que começa pela aceitação e possui várias fases. Funcionando como um processo degenerativo, ela evolui da perda de memória para outras funções.

Conheça ainda a rotina das pessoas que convivem diariamente com a doença e como os familiares podem ajudar a aumentar a qualidade de vida desses idosos. 

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Americana de 99 anos quer costurar mil vestidos para crianças na África

Lillian Weber faz um vestido por dia para a organização Little Dresses for Africa

A organização beneficente Little Dresses for Africa (Vestidinhos para África) envia vestidos feitos com fronhas de travesseiros para meninas da África. Desde sua fundação em 2008, mais de dois milhões de vestidos já foram distribuídos em orfanatos, igrejas e escolas do continente africano. 
A americana Lillian Weber é uma das colaboradoras do projeto e, com sua máquina de costura, já produziu mais de 840 vestidos. Sua história poderia ser igual à de outras pessoas envolvidas em ações de caridade, se não fosse por um detalhe: Lillian já tem 99 anos e segue costurando um vestido por dia.
Ela contou ao canal de TV americano WQAD-TV que deseja costurar mais 150 vestidos até o dia 6 de maio do próximo ano, data em que comemorará seu aniversário de 100 anos. Mas o milésimo vestido será apenas um marco simbólico, já que não pretende parar depois disso. "Se eu conseguir chegar aos mil, não vou deixar de costurar. Não tenho motivos pra isso", afirma a idosa.
Lilian conta que gosta manter-se ocupada e se diverte com a confecção dos vestidos. O prazer que tem com a atividade pode ser percebido nas peças. Cada uma possui detalhes únicos, como laços e fitas, que as diferenciam. "Ela não acha que apenas fazer os vestidos é suficiente. Ela precisa colocar alguma coisa na frente, para deixar especial, para dar o seu toque", afirma a filha de Lillian, Linda Purcell.
Segundo o WQAD-TV, o sonho de Lillian é ver um de seus vestidos ser entregue. A fundadora da organização, Rachel O'Neill, afirmou que em sua próxima viagem à África entregará pessoalmente um dos vestidos feitos por Lillian. 
Fonte: Administradores.com.br