quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Gerontofobia: medo de envelhecer pode ser um problema

O envelhecimento faz parte do desenvolvimento do ser humano. Porém, para algumas pessoas, estar perto de idosos ou identificar em si mesmo marcas de que o tempo está passando – como rugas – pode ser assustador. A gerontofobia caracteriza a rejeição à velhice e, consequentemente, aos que estão passando por ela.

De acordo com o psiquiatra Marcelo Betinardi, os motivos que levam a essa recusa variam muito, já que dependem das experiências do indivíduo com a velhice e de como o idoso é tratado por quem está a sua volta ao longo dos anos. “Um dos temores do ser humano é a morte, e a velhice é um prenúncio dela. Ao ver esse estágio da vida se aproximar, a pessoa percebe que há finitude e começa a negá-la, tentando não deixar que isso aconteça com ela, seja com exercícios físicos ou cirurgias plásticas, por exemplo”, diz.

Ainda, sem registro no CID-10 (Classificação Internacional das Doenças), a gerontofobia não é considerada diagnóstico. No entanto, é possível percebê-la na conduta do indivíduo. “Chamamos de fobia porque é um medo excessivo e desproporcional ao risco oferecido por tal coisa. No caso, o envelhecimento. Pessoas que discriminam idosos, que estão preocupadas demais com a aparência, adultos que se comportam como jovens são exemplos. É claro que não podemos generalizar, pois um conjunto de fatores é que vai determinar se o que você tem é gerontofobia ou não”, explica Dinah Akerman, psiquiatra pela USP (Universidade de São Paulo).

No romance “O Retrato de Dorian Gray” (1890), de Oscar Wilde, é possível explicar esse temor: na história, um retrato do protagonista “envelhece”, enquanto o próprio Dorian Gray se mantém jovem. Não existe uma idade para despertar esse sentimento, que é inconsciente. Mas, a partir de certos momentos, quando começamos a perder pessoas próximas ou mesmo quando vemos nossos pais envelhecerem, e isso significa o nosso próprio envelhecimento, nos deparamos com o fim da ilusão de que a vida é eterna. Muitas pessoas não sabem lidar com as mudanças que cada fase traz, começam a pensar de forma fixa em como será a sua velhice, e é aí que está o problema.

Apesar de não existir uma idade certa para a fobia se manifestar, alguns acontecimentos podem influenciar. Não é regra, claro, mas mulheres que estão perto dos 30 anos e ainda não casaram ou tiveram filhos começam a se achar velhas. Já para os homens, esse sentimento vem pelo lado profissional, quando não conseguem o status desejado. O que as pessoas precisam entender é que o que conta é o estado de espírito de cada um. Precisamos nos sentir ativos, sempre com algo a oferecer e compartilhar, seja com 30, 60 ou 90 anos.


Assim como a maioria dos traumas e doenças psicológicas, o medo de envelhecer também só é caracterizado como um problema quando existe prejuízo psicossocial progressivo. Ou seja, quando a preocupação em ficar velho atrapalha a vida e prejudica o indivíduo. Segundo os especialistas, o estigma ligado às pessoas mais velhas está diretamente relacionado à gerontofobia. Basta observar como os idosos são tratados nas diversas partes do mundo. No oriente ou em tribos indígenas, por exemplo, são sábios; já no ocidente, são vistos como pessoas que dão trabalho, lenta. Isso tudo gera recusa porque ninguém quer passar por isso.

Diante de um cenário de medo de chegar à terceira idade, é preciso observar que, além de ser uma etapa do ciclo da vida, entrar na velhice traz mudanças, assim como qualquer outra passagem, como, por exemplo, da infância para adolescência, e assim por diante. A primeira vantagem que devemos perceber é que, se chegamos à velhice é porque estamos vivos. Todos os momentos de passagem têm coisas boas e ruins. O envelhecimento traz questões para serem vividas. É preciso saber envelhecer.

Fonte: Coisa de Velho 


sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Envelhecimento da população pode triplicar casos de Alzheimer até 2015

As pesquisas sobre o Alzheimer estão mais intensas em todo o mundo e o fato da informação estar disseminada contribui para acelerar o progresso das novas descobertas sobre a doença.

De acordo com o neurologista, Dr. Flavio Sallem, um dos maiores desafios dos pesquisadores é não transpor os limites éticos, em vista que há dificuldades em se fazer estudos com as experiências restritas aos laboratórios. Com o envelhecimento da população e a mudança na pirâmide etária da população brasileira indica que os casos de Alzheimer dobrem ou tripliquem até 2050. Esses números já são realidade. De acordo com o neurologista, os números indicam que a partir dos 80 anos o risco de Alzheimer dobra a cada cinco anos, sendo a idade o principal fator de risco da doença.

O lado positivo é que existe prevenção, sim. Evitar a hipertensão com a prática de atividades físicas, tratamento adequado de diabetes com a dieta adequada. O sedentarismo provavelmente está relacionado à doença de Alzheimer. Ainda há a porcentagem de incidência atribuída a fatores genéticos.


Fonte: Coisa de Velho 

domingo, 7 de dezembro de 2014

Dieta especial contra artrite

A artrite ainda não tem cura. Até se movimentar pode ser um incômodo, que começa suave e vai se agravando até chegar ao ponto de que pegar um livro na estante ou se levantar de uma cadeira, torna-se um verdadeiro sacrifício. Tudo isso devido à inflamação das articulações.

O acompanhamento médico adequado permite ao paciente levar uma vida normal, sem dores ou limitações físicas. Para isso, se faz necessário ter um diagnóstico precoce, praticar  exercícios físicos leves e realizar fisioterapia em casos menos agudos, além de mudar totalmente sua alimentação. Uma boa dica é incluir em sua dieta alimentos ricos em Omega-3.

Confira algumas dicas:  

Peixes de água fria

Peixes como atum, sardinha e salmão são ótimas opções para consumir um importante nutriente, os ácidos graxos poli-insaturados ômega-3, que são eficazes para impedir um processo de conversão de nutrientes no organismo responsável por originar inflamações.
Sem contar que estes peixes ajudam no controle do colesterol, na regeneração dos tecidos, na prevenção de doenças cardiovasculares e são capazes inclusive de amenizar alguns dos sintomas da TPM e da Menopausa. Recomenda-se consumir um filé, duas vezes na semana.

Azeite de oliva

O azeite de oliva é um alimento importantíssimo para a saúde, graças ao seu teor de ômega-3, polifenóis, vitaminas e betacaroteno. Apesar de ser consumido mais em saladas, ele pode ser utilizado em todos os pratos. Este óleo apresenta importante função anti-inflamatória e antioxidante, já que preserva as células, evitando a deterioração delas. Recomenda-se consumir de uma a duas colheres por dia.
Óleo de Soja
Este óleo é um alimento rico em gorduras poli-insaturadas, além de ser uma importante fonte da vitamina. É capaz de atuar na prevenção de doenças cardiovasculares, no bom funcionamento dos sistemas nervoso e imunológico e no combate a radicais livres. Apresenta uma poderosa ação ant-iinflamatória, sem contar que ajuda a regular os níveis de colesterol no organismo. Recomenda-se de uma a duas colheres por dia.

Linhaça

Ótima fonte de ácidos graxos essenciais, vitamina e fibras, a linhaça é um alimento que proporciona maior fluidez sanguínea, reduz o colesterol ruim, evita a formação de placas de gorduras das artérias e promove efeitos anti-inflamatórios no organismo. Recomenda-se de uma a três colheres de sopa por dia.

Rúcula

Esta folha apresenta inúmeras vantagens e benefícios ao nosso corpo. Para se ter uma ideia, as folhas verde-escuro da rúcula são fontes riquíssimas de ômega-3 e das vitaminas A e C, potentes antioxidantes que combatem os radicais livres. Recomenda-se um prato de sobremesa por dia.

Fonte: Melhor com Saúde 

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

4 direitos do Estatuto do Idoso que todos devem conhecer

Conheça direitos previstos no Estatuto do Idoso que muita gente nem sabe que existe, e exija que eles sejam cumpridos por todos.

Os direitos das pessoas com mais de 60 anos não se resumem a poder pegar a fila preferencial ou andar de ônibus de graça. Apesar de o Estatuto do Idoso já ter completado dez anos, a maioria dos brasileiros costuma conhecer apenas esses direitos.

Segundo Adriana Zorub Fonte Feal, presidente da comissão dos direitos dos advogados idosos da OAB/ SP, o país está envelhecendo, mas ainda não parece pronto para isso.

Ao não reconhecer o próprio envelhecimento, o idoso abre mão de seus direitos“, explica a advogada. Por isso é importante conhecer bem a lei e fazer questão de que ela seja cumprida.

Veja, a seguir, alguns pontos do estatuto bem importantes.

Bem-estar
O que são maus-tratos?  Maus-tratos contra idosos não são apenas agressões físicas de fato, como aqueles espancamentos horríveis que vivem aparecendo no noticiário. Deixar um velho sozinho a maior parte do tempo, não trocar a fralda geriátrica na frequência necessária ou não oferecer alimentação adequada também são exemplos de ações consideradas maus-tratos pelo Estatuto do Idoso. A quem recorrer? Qualquer tipo de denúncia pode ser registrada numa delegacia do idoso, presente em vários municípios, ou mesmo numa delegacia comum. Para pedidos de pensão alimentícia, vá à Defensoria Pública. Em situações de risco, como abandono ou maus-tratos, também é possível procurar o promotor de Justiça no Ministério Público.

Finanças
Pessoas com 65 anos ou mais que nunca contribuíram para a previdência e fazem parte de uma família com renda per capita inferior a R$ 181 (um quarto do salário-mínimo) têm direito ao BPC (Benefício de Prestação Continuada), cujo valor é um salário mínimo por mês. Para calcular a renda per capita da família, some os rendimentos de todos e divida o resultado pelo número de pessoas que vivem na casa. Para solicitar o BPC, basta ir a uma agência do INSS com comprovante de residência, certidão de nascimento, CPF, documento de identidade e carteira de trabalho do idoso e dos outros membros da família. Caso não tenha como se manter por conta própria, o idoso também pode pedir pensão alimentícia para seus descendentes (filhos, netos, sobrinhos) ou ascendentes (pais ou avós). O valor é calculado de acordo com a possibilidade financeira do parente. Mesmo quem recebe aposentadoria pode solicitar a pensão alimentícia caso o beneficio não seja suficiente para as necessidades da pessoa. Quem desvia o dinheiro ou usa os cartões dos mais velhos indevidamente pode ser punido por isso. Essa violência financeira representa 70% das denúncias registradas pelos idosos, revela Adriana. Idosos que recebem aposentadoria ou pensão e tem alguma doença grave são isentos do imposto de renda.

Saúde
Embora o governo não tenha programas específicos de distribuição de medicamentos para essa faixa etária, os maiores de 60 podem recorrer às lojas que fazem parte do programa Farmácia Popular, do Ministério da Saúde, para comprar alguns remédios com desconto e para retirar, de graça, fraldas geriátricas e medicamentos para diabetes, hipertensão e asma, disponíveis para toda a população. Idosos doentes não podem ser obrigados a ir a um órgão público para atender chamados do governo.
O órgão deve mandar um representante até a casa da pessoa para resolver a questão. Se estiver lúcido, o idoso tem direito de tomar as decisões relativas a tratamentos aos quais tenha que se submeter.

Lazer
A turma da terceira idade paga meia entrada em cinemas, teatros, shows e eventos esportivos. Idosos com renda inferior a dois salários-mínimos podem viajar de graça em ônibus interestaduais.
Se a renda for maior que isso, pagam apenas metade do valor da passagem.

Fonte: Portal do Idoso