Pesquisadores constatam que os
mais velhos têm dificuldade de perceber o umami, um dos cinco gostos básicos
caracterizado como saboroso.
Azedo, salgado, doce, amargo e... Umami. O
último pode não transmitir com a mesma rapidez a sensação no paladar que os
outros quatro mais conhecidos, mas não há quem deixe de apreciar uma carne
suculenta, legumes tenros ou uma pratada de crustáceos apetitosos. Esse gosto
“delicioso” e duradouro de “deixar água na boca” é reconhecido como um dos
cinco sabores básicos. Por isso, garante a capacidade de equilibrar o paladar e
definir melhor o gosto total de uma refeição. Não só isso. O umami parece ter
mais facetas que o imaginado, e todas elas muito boas para a saúde. Um trio de
pesquisadores do Japão acredita que há uma estreita relação entre a capacidade
de um indivíduo de perceber o umami e a condição física dele. Principalmente,
quando a pessoa vai envelhecendo.
“Nosso teste de sensibilidade desenvolvido
recentemente revelou a perda apenas da sensação do gosto umami com a
preservação dos outros quatro básicos em alguns pacientes idosos”, resume
Noriaki Shoji, que conduziu o estudo com Takashi Sasano e Shizuko
Satoh-Kuriwada, todos da Escola de Odontologia da Universidade Tohoku. Eles
avaliaram 44 idosos com relação à provável perda de gostos básicos no paladar,
entre outras condições de saúde. Em comum, os participantes reclamavam de perda
de apetite e de peso, resultando em saúde total debilitada.
Com base nos resultados, publicados na
revista Flavour, os cientistas consideram que melhorar o fluxo salivar pode ser
um tratamento para pacientes com distúrbios digestivos, nutricionais e de
paladar. Nesse cenário, estimular o sabor umami aumenta o fluxo da saliva.
“Encontramos também o tratamento de hipossalivação (baixa produção de saliva). Isso
diminui a hipogeusia (diminuição da função gustativa), indicando que a
salivação é essencial para manter a função do gosto normal”, diz Shoji.
Para estimular a produção de saliva e tratar doenças relacionadas ao paladar, à digestão e até mesmo à nutrição, os cientistas deram aos voluntários o chá japonês kobucha, feito de pó de algas e rico em umami. Foram observados a salivação, o apetite, o peso e a saúde em geral dos participantes. “A manutenção do umami não só contribuiu para a função gustativa, mas também para a preservação da boa saúde oral e em geral nas pessoas idosas”, garante Shoji.
Para estimular a produção de saliva e tratar doenças relacionadas ao paladar, à digestão e até mesmo à nutrição, os cientistas deram aos voluntários o chá japonês kobucha, feito de pó de algas e rico em umami. Foram observados a salivação, o apetite, o peso e a saúde em geral dos participantes. “A manutenção do umami não só contribuiu para a função gustativa, mas também para a preservação da boa saúde oral e em geral nas pessoas idosas”, garante Shoji.
Fonte: Correio braziliense
Nenhum comentário:
Postar um comentário