sexta-feira, 15 de maio de 2015

Produtos específicos para a terceira idade ainda são raros no mercado brasileiro

Para o IBGE, a terceira idade brasileira tem alto poder de consumo. Só em 2013, as compras das pessoas com mais de 60 anos representaram 34% do total gasto pela população


Não encarar a terceira idade como um sinônimo de velhice abre portas para novas possibilidades. Se 71% dos brasileiros com mais de 60 anos têm independência financeira, aí está um grande potencial de consumo. Só em 2013, segundo a consultoria Escopo, especializada em estudos de geomarketing, os idosos gastaram em torno de R$ 1 trilhão, 34% do total gasto pela população brasileira. No entanto, 45% têm dificuldades para encontrar produtos adequados, segundo pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito. O IBGE trata a população com mais de 60 anos como um grupo com alto poder de consumo.
– Nos Estados Unidos, boa parte do espaço comercial da TV aberta é dedicado aos produtos para terceira idade, que vão desde planos de saúde até utensílios domésticos. O Brasil ainda está engatinhando nessa área. Os baby boomers estão começando a se aposentar, então é preciso olhar para esse grupo com mais atenção. Eles precisam de produtos adequados e não de produtos para velhos – aponta o professor de comunicação Dado Schneider.
Se há um grupo chegando aos 60 anos prontos para aproveitar a nova fase e investir as economias em viagens, estudos e numa vida com qualidade, há quem esteja nessa faixa sem saber direito como recarregar os créditos do cartão do metrô. Os idosos também querem comprar pela internet, saber pesquisar no Google. Se os mais jovens não estão dispostos a mostrar como a tecnologia funciona, o país perde em crescimento.

Para Stella Susskind, presidente da Shopper Experience, os sessentões estão procurando se atualizar em tecnologia. Podem até comprar menos pela internet do que os mais jovens, mas procuram pesquisar para barganhar melhor preço ou não serem enganados. Para ela, é no atendimento que reside o problema: “Todo mundo gosta de um atendimento especial, de atenção em relação ao que foi procurar na loja. No entanto, os empresários brasileiros não estão atentos ao consumo inclusivo. Muitas pessoas dessa faixa etária reclamam que se sentem invisíveis nas lojas.” As empresas precisam mudar sua cultura agora para atender a demanda que vai explodir em 10 anos.
Fonte e foto: zh.clicrbs.com.br

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