sexta-feira, 22 de maio de 2015

Perda de paladar em idosos pode desencadear doenças, apontam cientistas

Pesquisadores constatam que os mais velhos têm dificuldade de perceber o umami, um dos cinco gostos básicos caracterizado como saboroso.

Azedo, salgado, doce, amargo e... Umami. O último pode não transmitir com a mesma rapidez a sensação no paladar que os outros quatro mais conhecidos, mas não há quem deixe de apreciar uma carne suculenta, legumes tenros ou uma pratada de crustáceos apetitosos. Esse gosto “delicioso” e duradouro de “deixar água na boca” é reconhecido como um dos cinco sabores básicos. Por isso, garante a capacidade de equilibrar o paladar e definir melhor o gosto total de uma refeição. Não só isso. O umami parece ter mais facetas que o imaginado, e todas elas muito boas para a saúde. Um trio de pesquisadores do Japão acredita que há uma estreita relação entre a capacidade de um indivíduo de perceber o umami e a condição física dele. Principalmente, quando a pessoa vai envelhecendo.

“Nosso teste de sensibilidade desenvolvido recentemente revelou a perda apenas da sensação do gosto umami com a preservação dos outros quatro básicos em alguns pacientes idosos”, resume Noriaki Shoji, que conduziu o estudo com Takashi Sasano e Shizuko Satoh-Kuriwada, todos da Escola de Odontologia da Universidade Tohoku. Eles avaliaram 44 idosos com relação à provável perda de gostos básicos no paladar, entre outras condições de saúde. Em comum, os participantes reclamavam de perda de apetite e de peso, resultando em saúde total debilitada.


Com base nos resultados, publicados na revista Flavour, os cientistas consideram que melhorar o fluxo salivar pode ser um tratamento para pacientes com distúrbios digestivos, nutricionais e de paladar. Nesse cenário, estimular o sabor umami aumenta o fluxo da saliva. “Encontramos também o tratamento de hipossalivação (baixa produção de saliva). Isso diminui a hipogeusia (diminuição da função gustativa), indicando que a salivação é essencial para manter a função do gosto normal”, diz Shoji.

Para estimular a produção de saliva e tratar doenças relacionadas ao paladar, à digestão e até mesmo à nutrição, os cientistas deram aos voluntários o chá japonês kobucha, feito de pó de algas e rico em umami. Foram observados a salivação, o apetite, o peso e a saúde em geral dos participantes. “A manutenção do umami não só contribuiu para a função gustativa, mas também para a preservação da boa saúde oral e em geral nas pessoas idosas”, garante Shoji.

Fonte: Correio braziliense

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Produtos específicos para a terceira idade ainda são raros no mercado brasileiro

Para o IBGE, a terceira idade brasileira tem alto poder de consumo. Só em 2013, as compras das pessoas com mais de 60 anos representaram 34% do total gasto pela população


Não encarar a terceira idade como um sinônimo de velhice abre portas para novas possibilidades. Se 71% dos brasileiros com mais de 60 anos têm independência financeira, aí está um grande potencial de consumo. Só em 2013, segundo a consultoria Escopo, especializada em estudos de geomarketing, os idosos gastaram em torno de R$ 1 trilhão, 34% do total gasto pela população brasileira. No entanto, 45% têm dificuldades para encontrar produtos adequados, segundo pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito. O IBGE trata a população com mais de 60 anos como um grupo com alto poder de consumo.
– Nos Estados Unidos, boa parte do espaço comercial da TV aberta é dedicado aos produtos para terceira idade, que vão desde planos de saúde até utensílios domésticos. O Brasil ainda está engatinhando nessa área. Os baby boomers estão começando a se aposentar, então é preciso olhar para esse grupo com mais atenção. Eles precisam de produtos adequados e não de produtos para velhos – aponta o professor de comunicação Dado Schneider.
Se há um grupo chegando aos 60 anos prontos para aproveitar a nova fase e investir as economias em viagens, estudos e numa vida com qualidade, há quem esteja nessa faixa sem saber direito como recarregar os créditos do cartão do metrô. Os idosos também querem comprar pela internet, saber pesquisar no Google. Se os mais jovens não estão dispostos a mostrar como a tecnologia funciona, o país perde em crescimento.

Para Stella Susskind, presidente da Shopper Experience, os sessentões estão procurando se atualizar em tecnologia. Podem até comprar menos pela internet do que os mais jovens, mas procuram pesquisar para barganhar melhor preço ou não serem enganados. Para ela, é no atendimento que reside o problema: “Todo mundo gosta de um atendimento especial, de atenção em relação ao que foi procurar na loja. No entanto, os empresários brasileiros não estão atentos ao consumo inclusivo. Muitas pessoas dessa faixa etária reclamam que se sentem invisíveis nas lojas.” As empresas precisam mudar sua cultura agora para atender a demanda que vai explodir em 10 anos.
Fonte e foto: zh.clicrbs.com.br

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Por que alguns familiares não aceitam o diagnóstico de Alzheimer?

Queixas como “meu irmão insiste em dizer que se trata-se apenas de uma leve perda de memória, natural do envelhecimento e que não tem nada a ver com Alzheimer ou qualquer outra demência são muito frequentes.  Muitos familiares têm dificuldade de aceitar o diagnóstico de que o pai ou mãe, idosos, esteja acometido pela demência.
Há uma negação sistemática, alguns recusam-se mesmo a acompanhar as consultas ao médico, outros, com essa postura, não dão nenhum crédito às situações narradas sobre o dia a dia do idoso com Alzheimer. Muitos filhos de pais idosos com Alzheimer, embora não aceitem  a realidade, sentem alguma culpa e se limitam a contribuir financeiramente. A explicação possível desta atitude de rejeição se  deve provavelmente ao medo de imaginar seu ente amado se “apagando” aos poucos e se sentir impotente.

Por outro lado, essa negação, essa rejeição ao diagnóstico, implica em uma carga emocional e estresse ainda maior à pessoa da família que se encarrega dos cuidados diários do familiar acometido de Alzheimer. A pessoa que assumiu o papel de cuidador terá menos pessoas a quem recorrer, com quem dialogar, com quem dividir as dificuldades crescentes que ocorrem com o progresso da doença.

Por vezes essa tarefa de ser um cuidador parece árdua e pouco reconhecida pelos demais familiares. Mas é essa pessoa que vê nitidamente as mudanças provocadas pela evolução da doença, como a perda gradativa da capacidade da pessoa com Alzheimer de fazer certas  tarefas que antes fazia sem dificuldade. Nestes momentos, o familiar que não participa mais de perto dos cuidados tem dificuldade de entender e aceitar estas mudanças e acaba por criticar as ações do cuidador, que fica sempre hesitando entre oferecer ajuda e tentar ainda manter a independência do idoso. Como determinar o momento apropriado para parar de forçar que o paciente faça suas tarefas diárias por si mesmo e ajudá-lo a fazer sem ferir sua dignidade e autoestima. Quando a doença atinge este estágio, não se trata mais apenas de perda de memória ou simples esquecimento, mas de um irreversível processo de declínio de outras funções cognitivas.

Por exemplo, é muito comum, um familiar que vê a mãe idosa algumas vezes por semana, achar inadmissível que ela não prepare sua própria refeição. Ocorre que muitas pessoas diagnosticadas com Alzheimer, em alguma fase da doença, perdem a capacidade de planejar, organizar, iniciar e controlar ações – as chamadas funções executivas. Embora uma tarefa aparentemente “simples”, preparar uma refeição requer: decidir o que fazer, identificar e juntar os ingredientes, usá-los numa ordem determinada ou todos juntos, escolher os utensílios certos, definir do tempo de cozimento e finalmente dar por concluído o prato. Como podemos ver, é uma tarefa que, embora executada repetidas vezes e muitas vezes ao longo dos anos, exige senso de organização, planejamento, execução e monitoramento.

Outra postura muito comum é um familiar inconformado com o diagnóstico não acreditar no médico, dizendo que precisa ter outros diagnósticos que confirmem o primeiro. Frequentemente é uma atitude meramente protelatória. No fundo a rejeição, a negação do fato, são máscaras sob as quais se escondem emoções e sentimentos de tristeza, medo, raiva, perda e incerteza.

Um paciente com Alzheimer não escolheu abrir mão de sua independência por preguiça ou desmotivação. A realidade é que ele não consegue executar estas tarefas e é irreal esperar que faça. Devido as diferenças de opinião entre os familiares (irmãos, quando se tratar de pai ou mãe doente) acabam criando uma crise interna, e não raras vezes, culminando com discussões e brigas. Nestas situações, torna-se necessária uma reunião familiar com a mediação de um profissional da saúde (médicos, psicólogos, terapeutas ocupacionais e especialistas em Alzheimer) para discutir, explicar sobre a doença e sua evolução, ajudar no planejamento do dia a dia de todos os envolvidos, na distribuição das atribuições e responsabilidades de cada familiar, na definição da pessoa que se encarregará do papel de cuidador e na assessoria a eventuais modificações físicas na casa para maior conforto e segurança do paciente.


A união de esforços dos membros da família que passa a conviver com a nova situação e lidar com as mudanças necessárias na vida de cada um, é a melhor forma de dar apoio ao cuidador e com isso ajudar a dar ao paciente uma qualidade de vida.

Fonte: Terceira Idade Melhor 

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Brasileiros praticam Inglês conversando com idosos solitários de Chicago e o resultado é lindo

É quase que obrigação de todo brasileiro buscando oportunidades no mercado de trabalho falar Inglês. Os jovens começam desde cedo a frequentar escolas com cursos de idioma para um dia falar fluentemente.

Em uma situação completamente oposta estão os idosos e aposentados que vivem em países como os Estados Unidos, onde a língua nativa é o Inglês. Eles já não se preocupam tanto com oportunidade de emprego, mas sentem falta de conversar com pessoas mais jovens.

Colocando assim fica fácil de imaginar sobre o que o vídeo a seguir se trata, mas o curso de inglês CNA precisou de uma sacada genial para montar essa campanha.

Clique no play abaixo para ver.