sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Quando chegar aos 70 você vai querer ser como essa turma

Como você gostaria de ser depois dos 60 anos? Se você sonha em ser um velhinho ou velhinha enxuto e cheio de energia para aproveitar as coisas boas da vida, então vai se identificar com estes vovôs e vovós que vamos mostrar aqui hoje. Eles praticam esportes radicais, andam na moda e adoram curtir a vida. Preparados para receber uma injeção de ânimo desta turma de cabelos brancos? Então confira a seguir:

Lloyd Kahn, skatista
O skatista de 78 anos Lloyd Kahn decidiu que tinha chegado o momento de tentar andar de skate aos 65 anos.


Ruth Flowers, DJ
Atualmente com 72 anos, Ruth Flowers decidiu se tornar DJ aos 68 anos.


Doris Long, alpinista
Doris Long tem 100 anos e aos 85 achou que era o momento certo para começar a praticar escalada.


Robert Marchand, ciclista
Robert Marchand com “apenas” 102 é um apaixonado por pedaladas.


Greta Pontarelly, Pole Dancer
Quem vê Greta praticando suas acrobacias e com este “corpitcho” não diz que ela tem 61 anos.


Lynn Ruth Miller, comediante stand-up
Lynn tem 80 anos e começou a fazer stand-up com 70.


Cindy Joseph, blogueira e modelo
Aos 61 Cindy Joseph trabalha como modelo fotográfica e tem um blog popular.



Fotos e fontes: Rock 'n Tech

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Agitação na doença de Alzheimer: por que ocorre e como agir?

Em estágios intermediários da doença de Alzheimer, a pessoa pode apresentar comportamentos marcados por agressividade, alucinações e/ou dificuldades para dormir e comer.
Muitos problemas de comportamento são agravados por um “ambiente pobre” e pela incapacidade da pessoa de lidar com o estresse. Ao aprender como fazer as mudanças no ambiente, você pode aumentar a qualidade de vida tanto para o paciente quanto para si mesmo.
Primeiro passo: identificar as causas dos problemas de comportamento da pessoa com Alzheimer
O “comportamento problema” é muitas vezes uma forma do paciente de Alzheimer tentar se comunicar com você. A progressão da doença significa que eles podem não ser capazes de se comunicar verbalmente, mas eles ainda estão emocionalmente conscientes e permanecerão assim, muitas vezes, até o fim da vida.
Em muitos casos, o comportamento do paciente é uma reação a um ambiente desconfortável ou estressante. Se você pode estabelecer o motivo do paciente estar estressado ou o que está provocando o seu desconforto, você é capaz de resolver o problema de comportamento com maior facilidade.
Segundo passo: criar um ambiente calmo e relaxante
Você não é capaz de controlar a pessoa que você está cuidando, no entanto, pode controlar o ambiente e a atmosfera. Estes fatores desempenham um papel importante ao ajudar um doente de Alzheimer se sentir calmo e seguro.
– Modifique o ambiente para reduzir as potenciais causas que podem criar agitação e desorientação na pessoa com Alzheimer. Estes incluem ruídos altos, iluminação sombria, espelhos ou superfícies refletoras, cores berrantes ou altamente contrastantes e papel de parede estampados.
– Mantenha a calma. Ficar ansioso ou preocupado em resposta a problemas de comportamento pode aumentar o estresse ou agitação do paciente. Responda à emoção que foi comunicada pelo comportamento, e não o próprio comportamento. Tente manter-se flexível, paciente e relaxado.

Terceiro passo: gerenciar o estresse em um paciente com Alzheimer
Diferentes técnicas de redução de estresse funcionam melhor para alguns pacientes de Alzheimer do que para outros, então é preciso experimentar para encontrar os que melhor ajudam em cada caso.
O exercício é um dos melhores apaziguadores de estresse. Consulte o médico e certifique-se de que eles são seguros para participar de exercícios leves. Caminhada regular, movimento ou exercícios sentados podem ter um efeito positivo em muitos problemas de comportamento, tais como agressividade e dificuldade em dormir.
Atividades simples podem reconectar a pessoa com sua vida anterior. Alguém que gostava de cozinhar, por exemplo, pode ainda obter prazer na simples tarefa de lavar legumes para o jantar. Procure envolver a pessoa em tantas atividades diárias produtivas o quanto for possível.
Animais de estimação podem fornecer uma fonte de comunicação positiva, não verbal. A interação lúdica e o toque suave de um animal bem treinado e dócil podem ajudar a aliviar um doente de Alzheimer e diminuir o comportamento agressivo. Se você não tem um animal de sua preferência, procure lugares que oferecem esse serviço.
Enquanto caminhar ao redor da casa pode ser irritante para você, pode ser inseguro para o paciente de Alzheimer. Alguns ambientes da casa podem ser perigosos e algumas pessoas podem ainda sair de casa sozinhas.

Para melhorar o convívio com uma pessoa com a doença, é preciso tranquilizá-la e reduzir os níveis de ruído e confusão. Se a desorientação está se tornando um problema é melhor consultar um médico, pois pode ser resultado de efeitos colaterais de medicamentos ou de interações medicamentosa.
Fonte: Rehab

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Profissional mais velho tem chances mesmo após aposentadoria

A participação da terceira idade no mercado de trabalho tem crescido nos últimos dois anos no Brasil. É o que mostram os dados da Pnad Contínua, pesquisa recentemente divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Segundo o levantamento, no 2º trimestre de 2012, pessoas com mais de 60 anos correspondiam a 6,2% da população economicamente ativa, passando para 6,5% no mesmo período de 2014. Paralelamente, a participação de jovens de 18 a 24 anos recuou: no intervalo mencionado foi de 14,9%, para 13,8%.
De acordo com Carlos Elias, advogado do Cenaat (Centro Nacional de Apoio ao Aposentado e Trabalhador), o aumento na expectativa de vida do brasileiro leva as empresas a empregarem cada vez mais idosos, apesar do preconceito. “A data de nascimento é um dos primeiros filtros usados para selecionar um candidato”, comenta Elias.
Um dos maiores obstáculos no caminho dos mais velhos é a informática. “Eles não têm chance em um processo seletivo se não buscarem suprir a lacuna tecnológica com cursos especializados”, diz o advogado.
Competências e áreas 
Apesar de ainda oferecerem resistência a profissionais idosos, muitas empresas têm percebido valor em competências que só chegam junto com a idade.
Apoiados em sua ampla experiência, os mais velhos podem ser essenciais na hora de tomar decisões de negócio, por exemplo. “A responsabilidade e o senso de compromisso também costumam ser diferenciais de quem está nessa faixa etária”, comenta Elias.
Por isso, é comum que eles sejam mais demandados em empregos que exigem trabalho intelectual e longa experiência técnica. Segundo o advogado, os setores que mais absorvem a terceira idade são a indústria e os serviços - no segundo caso, sobretudo consultorias.
Outra área que atrai esses profissionais é a de recursos humanos. “O detalhismo e a capacidade de observação são competências úteis para o recrutamento e a gestão de pessoas, e isso eles têm de sobra”, afirma Elias.
Quando parar?
De acordo com o advogado do Cenaat, idosos que optam por continuar no mercado de trabalho - ou regressar a ele depois da aposentadoria - costumam ter duas possíveis motivações.
A primeira é financeira. “Muitos precisam trabalhar por conta do baixo valor da aposentadoria ou pela necessidade de ajudar com a renda de filhos e netos”, explica.
Outra razão pode ser de ordem emocional e psicológica. Trabalhar faz com que se sintam prestigiados, úteis, inseridos na sociedade.
Se não há pressão financeira, o ideal é pesar prós e contras antes de procurar um emprego. “Você precisa sentir que essa é mesmo a alternativa mais saudável para o seu corpo e para a sua mente”, aconselha Elias. "A partir dos 70 anos de idade, a maioria opta por buscar qualidade de vida".

Fonte: Revista Exame 

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Envelhecimento da população poupa o planeta

Dieta dos idosos precisa de menos água e terra para ser produzida

Se toda a população brasileira fosse composta por pessoas de 60 anos ou mais, o Planeta agradeceria. Pelos cálculos do técnico do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) Camillo de Moraes Bassi, a dieta menos intensiva em proteína animal dos mais velhos faria o país economizar 14 mil quilômetros quadrados de terra, o correspondente a um terço do Estado do Rio, e 3,5 trilhões de litros de água, o suficiente para atender a 45 milhões de pessoas por um ano. O estudo faz parte do livro “Novo regime demográfico: Uma nova relação entre população e desenvolvimento?”.

— A dieta do idoso é menos intensiva em recursos naturais. Se o objetivo é poupar água, deve-se pensar na dieta alimentar. Com o envelhecimento da população, diminui a apropriação de água, de espaço físico e se reduz a emissão de gases de efeito estufa. Essa nova composição etária da população gera padrões de consumo mais sustentáveis — afirma o pesquisador

Para chegar aos números, Bassi separou o consumo alimentar retratado na Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), do IBGE, por idade: de 19 a 59 anos e 60 anos.

— Os mais jovens têm uma alimentação mais concentrada em carne e leite. Para se produzir um quilo de carne bovina são necessários 19 mil litros de água. O sustento de um boi consome 1,5 milhão de litros de água por ano.

O presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, João Bastos Freire Neto, concorda que há uma queda no consumo proteico dos mais velhos, mas alerta que a dieta está aquém do necessário porque o grupo precisa, sim, de muitas proteínas, inclusive as de origem vegetal, que podem substituir as de origem animal.

— Há um problema de subnutrição dos idosos, não só no Brasil, mas no mundo todo. Ofertar uma alimentação de qualidade é um grande desafio — diz.


‘ENVELHECERAM A VELHICE’
Aos 88 anos, Iva Gomes de Matos tem uma dieta mais frugal. Nordestina, estava acostumada à comida mais pesada do Nordeste, o que criava dificuldades na hora de lidar com as empregadas. Por isso, ela preferiu morar num retiro em Jacarepaguá.

— Vim para o Rio há 47 anos, sempre me acostumei a fazer a comida parecida com a do Nordeste. Mas hoje em dia como mais verduras e frutas.

Se a dieta poupa recursos naturais, os gastos com saúde, por outro lado, crescem. Isso porque entre os mais idosos há incidência maior de doenças crônicas, que precisam de tratamento contínuo, como diabetes e problemas circulatórios e cardíacos. Mas, como afirma a pesquisadora Ana Amélia Camarano, organizadora do livro, “envelheceram a velhice”, e os idosos estão vivendo mais e melhor. É o caso da pintora Zélia Lopes, de 82 anos. Ela se aposentou da Petrobras aos 54 anos para cuidar do marido doente e se reinventou após a morte dele, há 24 anos. Estudou arte e fez da pintura sua profissão. Hoje, há telas suas espalhadas por várias galerias da cidade.

As doenças isquêmicas do coração são as que mais internam e mais custam ao Estado. Elas respondem por 53% do valor gasto nas internações, de acordo com estudo dos pesquisadores Alexandre Marinho, Simone de Souza Cardoso e Vivian Vicente de Almeida, presentes no livro. O número de dias de internação atesta que a população idosa é a que mais fica nos leitos hospitalares.
Freire Neto diz que o idoso brasileiro convive, ao mesmo tempo, com as doenças crônicas e com as infectocontagiosas ainda não erradicadas do país, como a dengue. E diz que é preciso criar um calendário de vacinação de idosos que inclua doenças como pneumonia e complicações causadas pelo vírus da catapora:

— Nosso cuidado com o envelhecimento está muito atrasado. Até temos políticas de saúde do idoso bem formuladas, falta saírem do papel. E, se não fizermos isso hoje, como vamos conseguir daqui a 10 ou 15 anos, quando a força de trabalho jovem estará menor e a produção de riquezas, mais restrita?

Fonte: O Globo