domingo, 15 de fevereiro de 2015

Agitação na doença de Alzheimer: por que ocorre e como agir?

Em estágios intermediários da doença de Alzheimer, a pessoa pode apresentar comportamentos marcados por agressividade, alucinações e/ou dificuldades para dormir e comer.
Muitos problemas de comportamento são agravados por um “ambiente pobre” e pela incapacidade da pessoa de lidar com o estresse. Ao aprender como fazer as mudanças no ambiente, você pode aumentar a qualidade de vida tanto para o paciente quanto para si mesmo.
Primeiro passo: identificar as causas dos problemas de comportamento da pessoa com Alzheimer
O “comportamento problema” é muitas vezes uma forma do paciente de Alzheimer tentar se comunicar com você. A progressão da doença significa que eles podem não ser capazes de se comunicar verbalmente, mas eles ainda estão emocionalmente conscientes e permanecerão assim, muitas vezes, até o fim da vida.
Em muitos casos, o comportamento do paciente é uma reação a um ambiente desconfortável ou estressante. Se você pode estabelecer o motivo do paciente estar estressado ou o que está provocando o seu desconforto, você é capaz de resolver o problema de comportamento com maior facilidade.
Segundo passo: criar um ambiente calmo e relaxante
Você não é capaz de controlar a pessoa que você está cuidando, no entanto, pode controlar o ambiente e a atmosfera. Estes fatores desempenham um papel importante ao ajudar um doente de Alzheimer se sentir calmo e seguro.
– Modifique o ambiente para reduzir as potenciais causas que podem criar agitação e desorientação na pessoa com Alzheimer. Estes incluem ruídos altos, iluminação sombria, espelhos ou superfícies refletoras, cores berrantes ou altamente contrastantes e papel de parede estampados.
– Mantenha a calma. Ficar ansioso ou preocupado em resposta a problemas de comportamento pode aumentar o estresse ou agitação do paciente. Responda à emoção que foi comunicada pelo comportamento, e não o próprio comportamento. Tente manter-se flexível, paciente e relaxado.

Terceiro passo: gerenciar o estresse em um paciente com Alzheimer
Diferentes técnicas de redução de estresse funcionam melhor para alguns pacientes de Alzheimer do que para outros, então é preciso experimentar para encontrar os que melhor ajudam em cada caso.
O exercício é um dos melhores apaziguadores de estresse. Consulte o médico e certifique-se de que eles são seguros para participar de exercícios leves. Caminhada regular, movimento ou exercícios sentados podem ter um efeito positivo em muitos problemas de comportamento, tais como agressividade e dificuldade em dormir.
Atividades simples podem reconectar a pessoa com sua vida anterior. Alguém que gostava de cozinhar, por exemplo, pode ainda obter prazer na simples tarefa de lavar legumes para o jantar. Procure envolver a pessoa em tantas atividades diárias produtivas o quanto for possível.
Animais de estimação podem fornecer uma fonte de comunicação positiva, não verbal. A interação lúdica e o toque suave de um animal bem treinado e dócil podem ajudar a aliviar um doente de Alzheimer e diminuir o comportamento agressivo. Se você não tem um animal de sua preferência, procure lugares que oferecem esse serviço.
Enquanto caminhar ao redor da casa pode ser irritante para você, pode ser inseguro para o paciente de Alzheimer. Alguns ambientes da casa podem ser perigosos e algumas pessoas podem ainda sair de casa sozinhas.

Para melhorar o convívio com uma pessoa com a doença, é preciso tranquilizá-la e reduzir os níveis de ruído e confusão. Se a desorientação está se tornando um problema é melhor consultar um médico, pois pode ser resultado de efeitos colaterais de medicamentos ou de interações medicamentosa.
Fonte: Rehab

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