quinta-feira, 24 de abril de 2014

O Alzheimer, descrito pelo paciente


Sou médico aposentado e professor de medicina. E tenho Alzheimer. Antes do meu diagnóstico, estava familiarizado com a doença, tratando pacientes com Alzheimer durante anos. Mas demorei para suspeitar da minha própria aflição.


Hoje, sabendo que tenho a doença, consegui determinar quando ela começou, há 10 anos, quando estava com 76. Eu presidia um programa mensal de palestras sobre ética médica e conhecia a maior parte dos oradores. Mas, de repente, precisei recorrer ao material que já estava preparado para fazer as apresentações. Comecei então a esquecer nomes, mas nunca as fisionomias. Esses lapsos são comuns em pessoas idosas, de modo que não me preocupei.

Nos anos seguintes, submeti-me a uma cirurgia das coronárias e mais tarde tive dois pequenos derrames cerebrais. Meu neurologista atribuiu os meus problemas a esses derrames, mas minha mente continuou a deteriorar. O golpe final foi há um ano, quando estava recebendo uma menção honrosa no hospital onde trabalhava. Levantei-me para agradecer e não consegui dizer uma palavra sequer.


Minha mulher insistiu para eu consultar um médico. Meu clínico-geral realizou uma série de testes de memória em seu consultório e pediu depois uma tomografia PET, que diagnostica a doença com 95% de precisão. Comecei a ser medicado com Aricept, que tem muitos efeitos colaterais. Eu me ressenti de dois deles: diarreia e perda de apetite. Meu médico insistiu para eu continuar. Os efeitos colaterais desapareceram e comecei a tomar mais um medicamento, Namenda. Esses remédios, em muitos pacientes, não surtem nenhum efeito. Fui um dos raros felizardos.



Em dois meses, senti-me muito melhor e hoje quase voltei ao normal. Demoramos muito tempo para compreender essa doença desde que Alois Alzheimer, médico alemão, estabeleceu os primeiros elos, no início do século 20, entre a demência e a presença de placas e emaranhados de material desconhecido. Hoje sabemos que esse material é o acumulo de uma proteína chamada beta-amiloide. A hipótese principal para o mecanismo da doença de Alzheimer é que essa proteína se acumula nas células do cérebro, provocando uma degeneração dos neurônios. Hoje, há alguns produtos farmacêuticos para limpar essa proteína das células. No entanto, as placas de amiloide podem ser detectadas apenas numa autópsia, de modo que são associadas apenas com pessoas que desenvolveram plenamente a doença. Não sabemos se esses são os primeiros indicadores biológicos da doença.


Mas há muitas coisas que aprendemos. A partir da minha melhora, passei a fazer uma lista de insights que gostaria de compartilhar com outras pessoas que enfrentam problemas de memória: tenha sempre consigo um caderninho de notas e escreva o que deseja lembrar mais tarde.
Quando não conseguir lembrar de um nome, peça para que a pessoa o repita e então escreva. Leia livros. Faça caminhadas. Dedique-se ao desenho e à pintura. Pratique jardinagem. Faça quebra-cabeças e jogos. Experimente coisas novas. Organize o seu dia. Adote uma dieta saudável, que inclua peixe duas vezes por semana, frutas e legumes e vegetais, ácidos graxos ômega 3.

Não se afaste dos amigos e da sua família. É um conselho que aprendi a duras penas. Temendo que as pessoas se apiedassem de mim, procurei manter a minha doença em segredo e isso significou me afastar das pessoas que eu amava. Mas agora me sinto gratificado ao ver como as pessoas são tolerantes e como desejam ajudar. A doença afeta 1 a cada 8 pessoas com mais de 65 anos e quase a metade dos que têm mais de 85. A previsão é de que o número de pessoas com Alzheimer nos EUA dobre até 2030.


Sei que, como qualquer outro ser humano, um dia vou morrer. Assim, certifiquei-me dos documentos que necessitava examinar e assinar enquanto ainda estou capaz e desperto, coisas como deixar recomendações por escrito ou uma ordem para desligar os aparelhos quando não houver chance de recuperação. Procurei assegurar que aqueles que amo saibam dos meus desejos. Quando não souber mais quem sou, não reconhecer mais as pessoas ou estiver incapacitado, sem nenhuma chance de melhora, quero apenas consolo e cuidados paliativos. 

Arthur Rivin
(Foi Clínico-Geral e é Professor Emérito da Universidade da Califórnia)

terça-feira, 15 de abril de 2014

Atitudes para viver mais e melhor

Uma alimentação saudável e sem sedentarismo. Esses são alguns dos segredos para uma vida longa. Confira atitudes que podem fazer você viver mais e melhor.

- A conhecida recomendação médica de comer pelo menos cinco porções de frutas e vegetais todos os dias é realmente efetiva. Um estudo realizado na Suécia no ano passado acompanhou 70 mil adultos em um período de 13 anos e relatou que as pessoas que seguiram essa recomendação viveram em média três anos a mais do que aqueles que não consumiam frutas e vegetais.

- Outra pesquisa também realizada na Suécia provou que adotar um estilo de vida saudável, mesmo na terceira idade, também contribui para viver melhor. Muitas pessoas acreditam que para uma maior longevidade é necessário passar a vida inteira com hábitos saudáveis, mas a pesquisa desmentiu essa tese, mostrando que, mesmo após certa idade, nunca é tarde para começar a adotar hábitos mais saudáveis.

- A Universidade de Havard publicou um estudo que pessoas com mais de 65 anos que desejam ter uma vida mais longa devem começar a incluir o peixe no cardápio com mais freqüência, principalmente a sardinha, salmão e o atum. Eles são ricos em ômega-3, nutriente benéfico à saúde cardiovascular. Pessoas que consomem esses peixes vivem em média dois anos a mais. E a recomendação é consumir pelo menos duas porções por semana.

- Adultos solteiros correm maior risco de morte prematura, então, casar-se ou simplesmente ter um companheiro ao longo da vida pode torná-la mais longa e saudável. A Universidade de Duke, dos Estados Unidos, elaborou um estudo com 4800 pessoas e concluiu que as pessoas que nunca haviam se casado tiveram mais do que o dobro de sofrer uma morte prematura.

- Pessoas com mais de 50 anos que ingerem três xícaras de café por dia têm o risco de mortalidade diminuído em 10%, segundo o estudo Nacional do Câncer dos Estados Unidos. Doenças como o câncer de pele e o derrame são prevenidas ao consumir não mais que três xícaras. A mesma pesquisa informa ainda que o abuso da cafeína aumenta as chances de câncer, principalmente para os homens.

- Mande o sedentarismo embora. Diversas pesquisas relacionam a falta de exercícios físicos com a baixa qualidade de vida e o encurtamento da mesma. Um desses estudos feitos na Dinamarca em 2012 concluiu que uma corrida leve pode aumentar a expectativa de vida da pessoa em até 6 anos e a caminhada rotineira pode chegar em até 5 anos a mais.

- Pesquisadores de Harvard concluíram que quem come nozes, amêndoas, avelãs, castanhas e outras oleaginosas todos os dias tendem a viver por mais tempo e com uma melhor qualidade de vida. Esses frutos contêm gorduras saudáveis e ricas em fibras e proteínas. O consumo está associado a melhor alimentação e também no controle de peso.


Fonte: Viva Sênior 

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Projeto voluntário utiliza cães para ajudar na recuperação de crianças e idosos

O “Patinhas do Bem” conta com vários cães de temperamento dócil que realizam visitas em hospitais, creches, escolas e asilos, levando alegria a quem precisa



Cães trazem alegria e afeto, são amigos e, além de inúmeras outras qualidades, ajudam na recuperação de crianças e idosos. Estes cães fazem parte do projeto “Patinhas do Bem”, criado em 2008 pelo adestrador e organizador de eventos Denizard Baldan, no Rio de Janeiro. 

Em parceria com donos de cães, o “Patinhas do Bem” realiza, atualmente, visitas mensais a diversas instituições especiais que cuidam de crianças, adultos e idosos enfermos ou portadores de algum tipo de deficiência física ou mental.

O projeto conta com vários cães de temperamento dócil, com vacinação e vermifugação em dia e com uma terapeuta ocupacional que acompanha as visitações do projeto. Durante as visitas, são realizadas diversas atividades com cães e pacientes, entre elas, apresentação de agility (provas onde o cão percorre um circuito de obstáculos no menor tempo possível e com o menor número de faltas), show dog, contato com o animal, brincadeiras para trabalhar a motricidade e estimular o raciocínio, desfile de cães fantasiados e sorteio de brindes. 

O projeto é 100% filantrópico e tem por objetivo proporcionar uma tarde de alegria e descontração, principalmente para a recuperação da saúde dessas pessoas. A relação de convivência com um animal ajuda, e muito, no desenvolvimento emocional e na auto-estima das pessoas. A cada visita que realizada, os idealizadores do projeto saem com a sensação de dever cumprido. A ideia é formar grupos de voluntários em todo o Brasil, criando uma grande rede do bem.

A interação entre paciente e cão é um instrumento que auxilia no tratamento das dificuldades motoras, de relacionamento e de aprendizagem. Os cães têm a afetividade e a reciprocidade como características principais e isso auxilia no acesso e no desbloqueio das emoções devido ao vínculo paciente-animal. O projeto “Patinhas do Bem” é aberto a todos que queiram participar, mas é fundamental que o cão seja dócil, que tenha um acompanhamento veterinário e que esteja habituado ao convívio com outras pessoas e animais. Durante a seleção de novos voluntários, são realizadas entrevistas com os donos e um veterinário responsável do projeto analisa o animal.

Fonte:  Jornal do Rio (TV Bandeirantes)

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Invento promete auxiliar vida de pessoas com doença de Parkinson

Um grupo de cientistas e engenheiros de São Francisco, na Califórnia, decidiu ajudar pessoas diagnosticadas com Parkinson e criou um produto que vem chamando atenção ao redor do mundo. Batizado de “Lift Ware”, o invento consiste em uma espécie de colher capaz de estabilizar os tremores causados pela doença.

De acordo com os inventores, membros da empresa que desenvolveram o produto, a ideia surgiu após acompanharem amigos e familiares sofrendo devido à falta de controle dos movimentos das pessoas diagnosticadas com este mal. 

Atividades simples que se tornaram praticamente impossíveis podem ser retomadas com o uso do aparelho, como o ato de se alimentar. O produto balanceia os movimentos através de um sistema composto por sensores semelhantes aos instalados em smartphones. 

Após detectar o tremor, o invento ativa microprocessadores que ajustam o cabo da colher, mantendo-a mais estável. O produto ainda pode fazer a função de garfos e facas. O produto já está sendo vendido no site oficial da empresa.


Veja o invento aqui e entenda.

terça-feira, 1 de abril de 2014

Projeto viabiliza acesso de deficientes físicos em praias do Nordeste

A Secretaria de Turismo de Pernambuco vem colocando em prática um belo projeto em seu litoral desde o início do ano. Batizada de "Praia Sem Barreiras", a iniciativa visa auxiliar pessoas com deficiência física ou mobilidade reduzida por conta da idade para que possam se refrescar nas praias do Nordeste. 


Caminhos na areia formados por esteiras ajudam no percurso do calçadão até os postos de atendimento. Além disso, profissionais qualificados foram colocados de prontidão para ajudar durante banhos de mar, utilizando cadeiras de rodas anfíbias e coletes salva-vidas.
 

Em Olinda, por exemplo, um caminho foi montado desde um ponto de ônibus perto da praia até o posto de auxílio à beira-mar, equipado ainda com banheiros adaptados e rampas de acesso. Praias como Boa Viagem, Bairro Novo, Fernando de Noronha e Porto de Galinhas também contam com o serviço, que tende a se espalhar por todo o litoral brasileiro.

 

Confira a galeria de fotos no link

 


Fonte: Yahoo Notícias