As últimas pesquisas relacionadas ao mal de
Alzheimer chegam a uma conclusão clara: o estilo de vida de uma pessoa pode
proteger ou não o seu cérebro. Nesse sentido, algumas mudanças na rotina podem
ser decisivas e de benefícios imediatos.
Fazer alterações no estilo de vida “parece
mais promissor do que os estudos com medicamentos até o momento,” afirma o Dr.
Richard Lipton, da Faculdade de Medicina Albert Einstein, em Nova Iorque, cujo
laboratório pesquisa o que caracteriza um envelhecimento saudável. As
descobertas em relação ao estresse fizeram com que o médico começasse a
praticar ioga.
A seguir, apresentamos cinco dicas para
proteger o cérebro da perda de memória, de acordo com o resultado de pesquisas
apresentadas na Conferência Internacional da Associação de Alzheimer.
MANTENHA UMA ALIMENTAÇÃO
SAUDÁVEL
Dietas ricas em frutas e verduras e com
pouca quantidade de gordura e açúcar são ótimas para as artérias que mantêm o
sangue fluindo até o cérebro. A diabetes tipo 2, associada ao excesso de peso,
aumenta o risco de demência ao longo da vida.
Além do peso, o laboratório do Dr. Lipton identificou que uma dieta saudável
reduz o risco de prejuízo da “função executiva” em razão do envelhecimento. A
função executiva é ligada a como o cérebro presta atenção, se organiza e
realiza diferentes tarefas ao mesmo tempo.
DURMA MELHOR
Estudos feitos com mais de 6.000 pessoas
associaram a má qualidade do sono - e especialmente a apneia do sono - a problemas
iniciais de memória, chamados de comprometimentos cognitivos leves, e que, por
sua vez, podem aumentar o risco de Alzheimer. Outra pesquisa mostrou que a
falta de sono pode estimular uma proteína chamada beta-amiloide, que causa
obstruções no cérebro e é amplamente associada ao Alzheimer.
Fale com o seu médico se você estiver
lidando com problemas para dormir, aconselha a Dra. Kristine Yaffe, da
Universidade da Califórnia, Estados Unidos: “Distúrbios do sono são muito
comuns e vários deles são bastante tratáveis.”.
EXERCITE A MASSA CINZENTA
Geralmente ouvimos recomendações para que
pessoas idosas trabalhem com quebra-cabeças, façam aulas de música ou aprendam
um novo idioma para manter o cérebro engajado, mas os efeitos desse tipo de
aprendizado na proteção do cérebro podem começar décadas antes.
Na Suécia, pesquisadores do Karolinska
Institute avaliaram boletins de escola e históricos de trabalho de mais de
7.000 adultos e observaram que boas notas, obtidas até os 10 anos de vida,
apontam um menor risco de demência no
futuro. O mesmo ocorreu em relação a trabalhos que requerem habilidades
avançadas no trato de números e, no caso das mulheres, interações complexas com
pessoas - profissões como pesquisadora ou professora.
Por quê? Aprender e pensar
de forma complexa fortalece as conexões entre as células nervosas, construindo
uma “reserva cognitiva” para que, conforme o Alzheimer se desenvolva, o cérebro
possa suportar mais danos antes que os sintomas se tornem aparentes.
MEXA-SE
A atividade física combate uma longa lista
de problemas (pressão alta, diabetes, colesterol alto, entre outros) que podem
aumentar o risco de perda de memória no futuro. É importante ter em mente que,
o que é bom para o coração, também é bom para o cérebro.
E vale a pena começar cedo: um estudo
acompanhou os hábitos de 3.200 jovens adultos durante 25 anos e descobriu que
os menos ativos apresentavam a pior cognição quando atingiam a meia-idade.
Comportamentos sedentários, como assistir televisão, tiveram uma influência
importante nos resultados.
NÃO SE ESQUEÇA DA SAÚDE
MENTAL
A depressão após a meia-idade também é um
fator de risco para o Alzheimer. Pesquisadores de Harvard descobriram que a
solidão acelera o declínio cognitivo, em um estudo que acompanhou mais de 8.000
idosos por mais de uma década.
Segundo Dr. Lipton, o estresse também faz
mal para o cérebro. Nesse caso, o problema não reside no estresse em si, mas na
forma como lidamos com ele. Remoer acontecimentos com esse efeito, por exemplo,
prolonga sua ação prejudicial às células do cérebro. Um estudo identificou que
os idosos que apresentam mais dificuldades para lidar com o estresse, são mais
suscetíveis a desenvolver alterações cognitivas leves durante os quatro anos
seguintes do acontecimento.
FONTE: YAHOO
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