quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Idosos na web: navegar é preciso


   Pesquisa realizada no Reino Unido por dois anos revela que o uso das redes sociais por pessoas idosas tem sido um “santo remédio”, ao desenvolver suas capacidades cognitivas, autoconfiança e combater a solidão.
   O uso das redes sociais como Facebook e aplicativos de comunicação simultânea, além de ser crescente entre milhões de jovens, funciona como uma “terapia” para pessoas acima dos 60 anos. E a explicação é simples: isso ocorre porque nos sentimos melhor quando nos conectamos aos demais. 
 Essa é a conclusão do estudo “Ages 2.0”, coordenado pelo Dr. Thomas Morton, da Universidad de Exeter, em parceria com Somerset Care Ltd, Torbay & Southern Devon Health y Care NHS Trust.
  A pesquisa procurou definir o alcance da Internet e das redes sociais como ferramentas para promoção de um envelhecimento ativo, ao combater o isolamento social, tão comum na terceira idade.
   As instituições participantes analisaram um grupo de idosos frágeis, entre 60 e 95 anos, e para os quais foram disponibilizados computadores desenvolvidos especialmente para eles. Por meio do Easy PC, todos os idosos participantes da pesquisa conseguiram se cadastrar no Facebook, utilizar bate-papo de chat e se conectar na rede.
   Durante o projeto, alguns assistentes sociais estudaram os avanços dos idosos e as suas relações sociais, estimando sua saúde mental e física.  O resultado aponta melhoras significativas quando os idosos se conectavam pelo Skype ou trocavam mensagens de e-mail ou em redes sociais com amigos e familiares.
   Verificou-se, também, que os idosos instruídos para o uso das redes sociais desenvolviam autoconfiança, um sentimento mais vivo de identidade pessoal e melhoravam suas habilidades cognitivas. Esses efeitos são de grande importância para a saúde mental e sensação de bem-estar pessoal.
   O coordenador da pesquisa afirma que pessoas isoladas socialmente ou que experimentam alguma solidão são mais vulneráveis às enfermidades e ao envelhecimento frágil. Por isso, encontrar formas de manter a conexão social do idoso é uma causa tão relevante.

   Espera-se que os resultados positivos  desse estudo incentivem a formulação de políticas sociais de inclusão digital, associadas a programas de saúde e cuidado à distância. Em última instância, a eficácia das tecnologias da comunicação, neste caso, pode ser facilmente observada, uma vez que os idosos analisados conseguiram estabelecer contato mais frequente com seus amigos e familiares.

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