sexta-feira, 19 de junho de 2015

Saiba quais exames devem ser feitos no check up da terceira idade

Geriatras recomendam à terceira idade exames básicos todos os anos para prevenir doenças antes que elas se manifestem

Você sabia que o corpo começa a envelhecer quando uma pessoa completa 30 anos? Antes disso, o desenvolvimento é considerado o amadurecimento do organismo. É nessa idade que o corpo começa a sofrer mudanças, como o aumento da proporção de gordura, que os médicos classificam como importantes.
O primeiro check up precisa ser feito nessa faixa. Os especialistas chamam de primeiro porque toda pessoa saudável deve fazer verificações básicas nessa fase para detectar aquilo que pode ainda não ter se manifestado, mas pode aparecer em alguns anos. É muito importante que as pessoas saibam se têm propensão a ter pressão alta, presença de glicose em excesso no sangue e outros indícios de problemas que vão se refletir no futuro.
Chegar à terceira idade com a certeza de ter boas condições de saúde é garantir o envelhecimento bem sucedido. Literalmente, nessa fase se vive aquele velho ditado: “aqui se colhe o que se plantou” ao longo da vida. Fazer o check up aos 30 e seguir as recomendações médicas aumenta as chances de ter uma vida com mais qualidade. Depois dos 50, os geriatras recomendam repetir os exames básicos do check up anualmente. Se algo estiver fora dos padrões considerados normais, o médico deve solicitar novos exames. Problemas que as pessoas consideram menores, como pressão alta, glicose e triglicerídios aumentados não geram dor ou desconforto, mas evoluem, com o passar dos anos, para problemas cardíacos e diabetes.
Ainda que se possa ir antes, os 60 marcam a idade de começar a visitar um geriatra. É esse profissional que pode acompanhar a evolução da saúde ao avaliar a funcionalidade física e psicológica dos pacientes. Além de analisar os hábitos alimentares e os tipos de atividades que o idoso que está sendo atendido faz, o geriatra pode pedir, durante o check up, um exame completo de sangue, ecografias, exames de ergometria, medição da pressão, avaliação cardiovascular e, ainda, aplicar testes para compreender a saúde da memória e a independência do paciente.
Em geral, as mulheres são mais cuidadosas do que os homens. Elas chegam ao consultório preocupadas em prevenir qualquer coisas que possa acontecer de ruim a saúde. Essa é a principal razão pela qual elas vivem mais. Os homens só vão ao geriatra se forem encaminhados por algum familiar, normalmente a esposa, ou por outro especialista.
Naquele primeiro check up, ainda aos 30, a pressão alta é o que mais surpreende os pacientes. Os médicos consideram normal a pressão quando ela mede 12/8. Quando a primeira (sistólica) está aumentada, ainda que a segunda (diastólica) se mantenha em 8, o risco de infarto e AVC estão presentes na vida do paciente, conforme o geriatra.
A pressão baixa também é considerada um risco na terceira idade. O dado indica que há alterações nos receptores do organismo que ajudam a manter o equilíbrio por falta de líquidos. Os idosos, em geral, sentem menos sede, ainda que necessitem beber pelo menos dois litros por dia. Eles não percebem a necessidade de beber água. A desidratação leva à hipotensão que aumenta as chances de instabilidade postural. Como consequência, os idosos que sofrem de pressão baixa caem mais e sofrem com problemas graves para a idade, como o traumatismo craniano.
Conheça os exames que a Sociedade Brasilera de Geriatria e Gerontologia recomenda no check up anual da terceira idade:

1. Exames básicos de sangue para verificar a possibilidade de anemia, checar se as funções dos rins estão normais, analisar a tireóide e detectar a produção e ação da insulina.
2. A colonoscopia permite ao médico analisar a saúde dos intestinos e prevenir possível doenças que possam aparecer nos órgãos, como o câncer de intestino.
3. A primeira mamografia, em mulheres sem histórico de câncer de mama na família, deve ser feita entre os 35 e 40 anos e depois dos 50 anualmente.
4. A partir do resultado do exame de densitometria óssea é possível prevenir o avanço da osteoporose. Durante o processo de envelhecimento, a perda de massa óssea pode deixar os ossos mais frágeis. Mulheres na menopausa podem perder até 30% da massa óssea de forma abrupta.
5. Durante o teste ergométrico, o médico analisa a saúde do coração e pode perceber se o sistema cardiovascular está funcionamento bem. Pessoas sedentárias que pretendem começar a se exercitar na terceira idade só podem começar a nova atividade física depois de realizar esse exame.
6. O PSA e o exame de sangue detectam o estado da próstata. De todos os casos de câncer no mundo, 70% acontecem depois dos 60 anos. O primeiro exame deve ser feito depois dos 40 – homens com histórico da doença na família devem fazer antes, aos 35. Depois dos 50, o exame deve ser repetido anualmente.

Fonte: : Zh Clicrbs 

terça-feira, 16 de junho de 2015

Descoberta histórica: cientistas podem ter encontrado caminho para a cura do Alzheimer

Estudos americanos detectaram o que poderia ser a principal causa das demências


A perda da memória, a desorientação, a dificuldade de relacionamento e outros sinais de demência podem começar a deixar de ser um drama para muitos idosos que sofrem do mal de Alzheimer. Uma descoberta gerou esperanças entre especialistas de que o caminho para a cura da doença finalmente tenha sido encontrado. As informações são do jornal The Independent.

Pesquisas realizadas pela Universidade Duke, na Carolina do Norte, Estados Unidos, obtiveram resultados convincentes, abrindo novas portas para um tratamento da demência causada pela doença. Isso ocorreu porque os pesquisadores conseguiram detectar uma nova causa potencial do Alzheimer, que pode ser tratada com medicamentos específicos. Tratando-se a causa, a doença pode ser mais facilmente evitada.

No Alzheimer, em vez de proteger o cérebro, o que seria o normal, células imunológicas começam a consumir um nutriente vital denominado arginina. Ao bloquear o processo com uma droga, tornou-se possível evitar a formação de placas no cérebro, fenômeno tão característico do Alzheimer. O medicamento funcionou anteriormente em camundongos, bloqueando a perda de memória. Os pessimistas diriam que o teste em camundongo está muito longe de ser comprovado em seres humanos. No entanto, há sinais muito positivos, já que, até agora, não se sabia a exata função da arginina e do sistema imunológico no Alzheimer.

Usada para bloquear a resposta imunológica da arginina no organismo, a droga, conhecida eflornitina (DFMO), já está senda investigada em ensaios clínicos de certos tipos de câncer e pode ser apropriado para o teste como terapia potencial de Alzheimer. 

A descoberta foi saudada por especialistas no Reino Unido. Segundo eles, foram preenchidas lacunas na compreensão da doença de Alzheimer, abrindo a perspectiva para tratamentos no futuro para essa doença devastadora, do corpo e da alma, que, sozinha, afeta mais de 500 mil pessoas no Reino Unido.

A novidade pode atrair novamente o interesse das empresas em investirem na cura do Alzheimer, já que, por causa da falta de êxito nas tentativas anteriores, aliada ao alto custo do financiamento relativo à doença de Alzheimer e a outras demências, laboratórios farmacêuticos vinham cortando verbas para esse tipo de pesquisa.

O número de pessoas no mundo com algum tipo demência deverá chegar a 135 milhões em 2050. No Brasil, o número de pessoas com esse tipo de doença neuro-degenerativa é de cerca de 900 mil, entre 15 milhões de idosos (6%), segundo a Abraz (Associação Brasileira de Alzheimer).

Carol Colton, professora de neurologia da Universidade Duke, e principal autora do novo estudo, afirmou que até então a pesquisa de Alzheimer havia se baseado na tentativa de compreender o papel da amiloide — a proteína que se acumula no cérebro para formar placas — mas, agora, com os estudos voltados para a arginina e o sistema imunológico, um novo campo se abre. — Vemos este estudo abrindo as portas para pensar de uma maneira completamente diferente acerca do Alzheimer, numa quebra de um impasse de ideias que envolviam a cura da doença.

— Os estudos têm-se dirigido para a amilóide nos últimos 15, 20 anos e nós temos que olhar para outras coisas, porque nós ainda não entendemos o mecanismo da doença ou como desenvolver terapias eficazes. A arginina é um aminoácido e um nutriente essencial para vários processos corporais, incluindo a divisão celular, a cura e as respostas imunológicas. Pode ser encontrada em alimentos que incluem produtos lácteos, carne, nozes e grão de bico. A equipe da Duke, porém, afirma que o estudo não sugere que, com maior ingestão de arginina, haja uma diminuição do risco de se ter o Alzheimer. A barreira do sangue que circula no cérebro regula a quantidade de arginina que pode entrar no cérebro, e, neste caso, a resposta imune responsável por bloquear a arginina permaneceria a mesma, mesmo se confrontadas com níveis mais elevados do nutriente.

O estudo, publicado no Jornal de Neurociência (Journal of Neuroscience), ressaltou que, pelo fato de a pesquisa ter sido realizada apenas em camundongos, seriam importantes os testes em seres humanos para confirmar os resultados. O novo estudo junta alguns pontos da compreensão incompleta dos processos que causam a doença de Alzheimer. Seria a solução para que os idosos aproveitem a vida da melhor maneira, sem a dependência da ajuda dos outros, até mesmo para rotinas básicas, como a higiene pessoal e a alimentação.


Fonte: Portal R7 

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Idosa encara preconceito e aprende a ler aos 65 anos por incentivo do neto

Maria das Mercês mora em Curitiba e tem o neto de 10 anos como filho. 

 

A oportunidade em poder dar orgulho ao neto foi um dos motivos que fizeram a aposentada Maria das Mercês Silva a superar o preconceito e iniciar os estudos aos 65 anos. A motivação partiu do próprio garoto, de 10 anos, ao perceber o sofrimento da avó que passou parte da vida sem saber ler.      

A avó conseguiu a guarda do menino Felipe Feitosa dos Santos porque a mãe não tinha condições de criá-lo. Hoje, aos 66 anos, Maria das Mercês comemora ter aprendido a escrever o nome, ter sido aprovada para o segundo ano do Ensino Fundamental e destaca que encara o mundo de outra forma agora.

"Ela é minha avó, mas eu considero como mãe. Ela sempre passava pelos lugares e não conseguia ler. Aí tinham vezes em que ela pegava o ônibus e ficava perdida. Agora ela consegue ler bastante coisa e eu que ajudo nas lições que a professora passa", conta Felipe.

"Sempre tive muita vergonha de ser analfabeta e, muitas vezes, nem contava para as pessoas. Também porque eu achava que já estava velha para isso. Mas eu comecei a me sentir mal mesmo com essa situação quando o Felipe chegava da escola com as lições de casa e eu não podia ajudá-lo. Eu me acabava de chorar por causa disso, mas nunca na frente dele", conta Mercês.

Segundo ela, a motivação começou depois que Felipe flagrou uma das cenas de choro em um canto da pequena casa onde moram no bairro Uberaba, em Curitiba.

"Aí eu desabafei com ele, tadinho. Expliquei que dependia das pessoas para todas as coisas, até mesmo para pegar um dinheiro no banco porque nem os números eu conhecida", disse Maria. Para garantir que a matrícula fosse feita e que a avó realmente pudesse estudar, o garoto a acompanhou até a escola. Desde então, como não pode ficar sozinho em casa no período da noite, Felipe acompanha a avó também na sala de aula durante todos os dias da semana.

O trajeto, conta dona Mercês, é feito de bicicleta. "Não tenho outro jeito. Não tenho ninguém pra cuidar dele. Então, eu o coloco na garupa da minha bicicleta, coloco um capa porque ele não pode tomar chuva porque tem bronquite, e nós vamos para a escola. Ele, pela segunda vez, porque estuda de manhã", explica a avó.

"Tenho muita dó de ter que levar ele junto. No primeiro ano, ele dormia sentadinho lá no cantinho da sala, era de partir o coração. Eu sofria vendo o sofrimento dele", lembra a avó, emocionada. "Agora, a prefeitura arrumou uma salinha na escola para que os filhos possam brincar enquanto os pais estudam. O Felipe adora e eu fico bem tranquila", diz.

Mas o sacrifício diário compensa, garante ela. "Graças ao meu netinho, hoje eu não dependo mais de ninguém. Faço tudo sozinha e, com a ajuda dele, nós ainda vamos conquistar muita coisa.", destaca a avó.

O preconceito na vida dela começou cedo, quando o pai proibiu as mulheres da família de estudar. Apenas os homens puderam ter acesso ao ensino. "Meu pai achava que mulher não podia sair de casa e que tinha que ficar só na cozinha", declara Maria das Mercês.

Feliz por ter acompanhado o primeiro ano de aula da Dona Maria Mercês, a professora Marli Pimentel da Silva conta que a idosa teve um bom desempenho logo no primeiro dia de aula.
"Ela sempre foi uma aluna que cobrou bastante dos professores. Sempre foi nítido a força de vontade dela em querer aprender. Ou seja, ela sempre fez o papel de cidadã questionadora e sempre quis uma escola de qualidade. Nota dez pra ela.", destaca Marli, que atualmente atua como pedagoga.

Dona Maria das Mercês contou que o maior dos sonhos ela já conquistou, que era o de aprender a ler. Ela também disse que quer ir muito além nos estudos e escrever um livro sobre a história de vida dela. Mas o desejo mais próximo de se realizar é mais uma necessidade do que um sonho.

 


Fonte: G1 | Globo.com 

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Avós que tomam conta dos netos uma vez por semana são mentalmente mais ativos

Em contrapartida, cuidar dos pequenos muitas vezes na semana demonstrou ser prejudicial
Cuidar dos netos uma vez por semana ajuda a manter as avós mentalmente ativas, constatou um estudo publicado no jornal The North American Menopause Society. Isso é uma boa notícia especialmente para aquelas que se encontram no período pós-menopausa, quando precisam se prevenir e reduzir os riscos de desenvolver Alzheimer e outras doenças cognitivas.
Por outro lado, tomar conta dos pequenos cinco dias por semana ou mais teve alguns efeitos negativos em testes de acuidade mental realizados na pesquisa. “Sabemos que as mulheres mais velhas, que são socialmente engajadas, têm uma melhor função cognitiva e um menor risco de desenvolver demência posteriormente. Entretanto, o excesso também pode ser prejudicial” — afirmou a diretora executiva da publicação, MargeryGass.
Três testes diferentes foram aplicados em 186 australianas, com idades entre 57 e 68 anos, para avaliar a sua capacidade mental. Entre as 120 avós, aquelas que passaram um dia por semana cuidando dos netos tiveram o melhor desempenho. Ao contrário, aquelas que tomaram conta dos pequenos durante cinco ou mais dias por semana foram significativamente pior nos testes que avaliaram memória e velocidade de processamento mental. A descoberta surpreendeu os pesquisadores, que não esperavam por esses resultados.
Embora outras investigações já tivessem analisado a relação entre a capacidade e atividade mental e ser socialmente engajado, esta é a primeira vez que uma pesquisa enfoca o comportamento deste grupo específico. “Já que ser avó é um papel social tão importante e comum para as mulheres na pós-menopausa, precisamos saber mais sobre os seus efeitos futuros na saúde”, - conclui Margery.

Fonte: Zh Clicrbs