terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Um chocolate, um bebê e um campo de concentração


Uma mulher deu um chocolate a uma grávida num campo de concentração. Saiba o que aconteceu 70 anos depois

Francine Christophe tinha oito anos quando foi presa pelo regime nazista da Alemanha. Filha de prisioneiros da guerra, ela foi levada para um campo de concentração com sua mãe.

A francesa conta que, por serem filhos de estrangeiros, poderiam levar um ou dois itens de casa. Alguns levavam açúcar, outros açúcar e arroz.

Já a mãe de Francine levou dois pedaços de chocolate. A justificativa? Quando estivessem em colapso absoluto, o doce seria um conforto. Mas nenhuma das duas provou a guloseima.

No mesmo alojamento, havia uma mulher grávida muito debilitada. Quando entrou em trabalho de parto, a mãe de Francine perguntou à filha se ela estava bem e, após a resposta positiva, disse: "Eu gostaria de dar o chocolate a essa mulher, nossa amiga Hélène. Dar à luz aqui é difícil. Ela talvez não resista. Se eu der o chocolate, talvez a ajude". A mulher sobreviveu e seu bebê também. Seis meses depois, foram libertas.

Há alguns anos, Francine organizou evento "Se os sobreviventes tivessem tido aconselhamento em 1945, o que aconteceria?", visando a discutir como a assistência psicológica poderia ter auxiliado sobreviventes a seguirem em frente. Entre os presentes, estavam muitos sobreviventes, historiadores, psicanalistas, psiquiatras e psicoterapeutas.

Uma das palestrantes se apresentou da seguinte maneira "Eu moro em Marseille, onde sou psicanalista. Antes de começar a minha fala, eu tenho algo para Francine Christophe'. Ela alcançou o bolso e tirou um pedaço de chocolate. Entregou-me e disse: 'Eu sou o bebê'.".

Leia o depoimento de Francine na íntegra e no vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=gXGfngjmwLA 

FONTE: SPOT MAIS

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