Quem não quer uma velhice
segura e livre de doenças? Não há uma fórmula para isso, mas alguns cuidados
devem ser adotados desde cedo. “Esta preocupação tem que começar antes da
infância. Tem que estar no currículo escolar”, diz o geriatra Salo Buksman.
Listamos abaixo alguns
fatores que merecem sua atenção durante toda a vida:
1. Genética
De acordo com o geriatra, a
genética explica porque algumas pessoas consomem grodura e outros alimentos
pouco saudáveis e continuam cheias de saúde por muitos anos. Ainda não se sabe
exatamente o peso da genética na longevidade, mas é bom saber como e por
quantos anos avós, bisavós e tataravós viveram.
O também geriatra Alessandro
Campolina afirma que quem tem avós e pais longevos deve ter ainda mais empenho
em se cuidar. “Essa informação é importante para quem tem uma genética
favorável. Ter avós que viveram 90 anos pode ser um indicativo maior para se
cuidar e chegar com saúde aos 100 anos”, disse.
2. Atividade Física
Esse é o fator de
envelhecimento saudável número um, já que a genética é contar com a sorte.
Buksman afirma que o ideal é fazer atividades aeróbicas - como caminhada - e
também as que fortaleçam a musculatura. “Além de fazer bem para a saúde, ajuda
a manter a força muscular, o que evita quedas" diz.
A frequência e a intensidade
de atividade física devem variar para cada idade. Antes dos 60 anos, a
indicação é que a pessoa saudável não seja sedentária, que caminhe pelo menos
40 minutos por dia e faça semanalmente atividades que fortaleçam os músculos. Depois
disso, vale a máxima: 'faça o quanto é bom para você'. Pessoas entre 90 a 100
anos devem percorrer algumas vezes um corredor, por exemplo, ou se exercitar
levantando e sentando três vezes seguidas da cadeira.
3. Atividade Mental
“É preciso se manter ativo
socialmente, sentir-se útil, senão a vida perde a graça”, diz Buksman. Para
isso, ele afirma que vale cuidar dos netos, fazer voluntariado após se
aposentar e, principalmente, criar ou produzir algo novo. Se levarmos em conta
que a expectativa de vida do brasileiro é atualmente de quase 80 anos, há muita
história pela frente quando se chega aos 60.
Para evitar o envelhecimento
acompanhado de doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e mal de Parkinson,
especialistas indicam exercícios mentais, como leitura, jogos de palavras
cruzadas e ouvir música. “Mas não é para fazer uma coisa ou outra, é preciso
exercitar todas as funções cognitivas”, diz Paulo Camiz, geriatra do Hospital
das Clínicas.
4. Dieta Saudável
Médicos afirmam que a baixa
ingestão de gorduras, como se observa na dieta mediterrânea, prolonga a vida.
Ao valorizar o consumo de peixes, frutas, verduras, legumes e cereais, além de
limitar o consumo de carnes vermelhas e laticínios, reduz as chances de quilos
extras, decorrentes do envelhecimento, e o aparecimento de doenças
cardiovasculares.
Moderação também é
importante. ”Comer excessivamente também é ruim. É preciso evitar a obesidade,
que desencadeia várias doenças: desde as que afetam o coração até as artroses,
que limitam o idoso e fazem com que ele perca a autonomia”, afirma o geriatra
Salo Buksman.
5. Vida emocional estável
Estudos mostram que ter uma
boa vida em família tem relação com a longevidade. Ter um casamento estável,
baseado em uma relação de muito amor e confiança é uma característica comum
entre as pessoas longevas. Isto porque a maneira como lidamos com as emoções
também conta para a longevidade. “As preocupações e os problemas da vida têm um
peso alto na longevidade”, disse Marcelo Levites, médico de Família do Hospital
9 de Julho.
Uma pesquisa recente mostrou
que a solidão aumenta o risco de morte de idosos ainda mais que a obesidade.
“Vemos que chegar a muitos anos de vida é uma conquista que tem relação muito
forte entre a estabilidade no casamento, com a família, além da ausência de
eventos de depressão", diz Buksman.
6. Controle rigoroso de
doenças degenerativas
Os problemas
cardiovasculares e o câncer são as doenças que mais matam no mundo. Além de
cuidados com a alimentação e a prática de atividades física, hábitos como o
álcool e o fumo também são fatores de risco. Alguns estudos até atribuem a
maior longevidade das mulheres em relação aos homens por causa do menor consumo
de álcool e cigarro. “Temos uma população grande que morre antes dos 80, 70 por
causa destas doenças”, resume Buksman.
FONTE: IG
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