sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Como ter boa vida longa


Quem não quer uma velhice segura e livre de doenças? Não há uma fórmula para isso, mas alguns cuidados devem ser adotados desde cedo. “Esta preocupação tem que começar antes da infância. Tem que estar no currículo escolar”, diz o geriatra Salo Buksman.
Listamos abaixo alguns fatores que merecem sua atenção durante toda a vida:

1. Genética
De acordo com o geriatra, a genética explica porque algumas pessoas consomem grodura e outros alimentos pouco saudáveis e continuam cheias de saúde por muitos anos. Ainda não se sabe exatamente o peso da genética na longevidade, mas é bom saber como e por quantos anos avós, bisavós e tataravós viveram.
O também geriatra Alessandro Campolina afirma que quem tem avós e pais longevos deve ter ainda mais empenho em se cuidar. “Essa informação é importante para quem tem uma genética favorável. Ter avós que viveram 90 anos pode ser um indicativo maior para se cuidar e chegar com saúde aos 100 anos”, disse.

2. Atividade Física
Esse é o fator de envelhecimento saudável número um, já que a genética é contar com a sorte. Buksman afirma que o ideal é fazer atividades aeróbicas - como caminhada - e também as que fortaleçam a musculatura. “Além de fazer bem para a saúde, ajuda a manter a força muscular, o que evita quedas" diz.
A frequência e a intensidade de atividade física devem variar para cada idade. Antes dos 60 anos, a indicação é que a pessoa saudável não seja sedentária, que caminhe pelo menos 40 minutos por dia e faça semanalmente atividades que fortaleçam os músculos. Depois disso, vale a máxima: 'faça o quanto é bom para você'. Pessoas entre 90 a 100 anos devem percorrer algumas vezes um corredor, por exemplo, ou se exercitar levantando e sentando três vezes seguidas da cadeira.

3. Atividade Mental
“É preciso se manter ativo socialmente, sentir-se útil, senão a vida perde a graça”, diz Buksman. Para isso, ele afirma que vale cuidar dos netos, fazer voluntariado após se aposentar e, principalmente, criar ou produzir algo novo. Se levarmos em conta que a expectativa de vida do brasileiro é atualmente de quase 80 anos, há muita história pela frente quando se chega aos 60.
Para evitar o envelhecimento acompanhado de doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e mal de Parkinson, especialistas indicam exercícios mentais, como leitura, jogos de palavras cruzadas e ouvir música. “Mas não é para fazer uma coisa ou outra, é preciso exercitar todas as funções cognitivas”, diz Paulo Camiz, geriatra do Hospital das Clínicas.

4. Dieta Saudável
Médicos afirmam que a baixa ingestão de gorduras, como se observa na dieta mediterrânea, prolonga a vida. Ao valorizar o consumo de peixes, frutas, verduras, legumes e cereais, além de limitar o consumo de carnes vermelhas e laticínios, reduz as chances de quilos extras, decorrentes do envelhecimento, e o aparecimento de doenças cardiovasculares.
Moderação também é importante. ”Comer excessivamente também é ruim. É preciso evitar a obesidade, que desencadeia várias doenças: desde as que afetam o coração até as artroses, que limitam o idoso e fazem com que ele perca a autonomia”, afirma o geriatra Salo Buksman.

5. Vida emocional estável
Estudos mostram que ter uma boa vida em família tem relação com a longevidade. Ter um casamento estável, baseado em uma relação de muito amor e confiança é uma característica comum entre as pessoas longevas. Isto porque a maneira como lidamos com as emoções também conta para a longevidade. “As preocupações e os problemas da vida têm um peso alto na longevidade”, disse Marcelo Levites, médico de Família do Hospital 9 de Julho.
Uma pesquisa recente mostrou que a solidão aumenta o risco de morte de idosos ainda mais que a obesidade. “Vemos que chegar a muitos anos de vida é uma conquista que tem relação muito forte entre a estabilidade no casamento, com a família, além da ausência de eventos de depressão", diz Buksman.

6. Controle rigoroso de doenças degenerativas

Os problemas cardiovasculares e o câncer são as doenças que mais matam no mundo. Além de cuidados com a alimentação e a prática de atividades física, hábitos como o álcool e o fumo também são fatores de risco. Alguns estudos até atribuem a maior longevidade das mulheres em relação aos homens por causa do menor consumo de álcool e cigarro. “Temos uma população grande que morre antes dos 80, 70 por causa destas doenças”, resume Buksman.

FONTE: IG

Nenhum comentário:

Postar um comentário