terça-feira, 20 de outubro de 2015

Quantos anos tem seu corpo?


A idade cronológica de um indivíduo pode não representar a sua verdadeira idade biológica. A nutricionista Dâmaris Cortez conta ao Jornal de Londrina que já atendeu pacientes que eram, biologicamente, 30 anos mais velhos do que a idade que traziam no RG.
É o caso de um rapaz de 39 anos que chegou ao seu consultório e foi surpreendido ao descobrir que sua idade metabólica era de 70 anos. Com problemas de sobrepeso e hipertensão, ele nem suspeitava que seu organismo tivesse uma idade tão avançada.
Cortez afirma que pessoas com grande alteração na idade metabólica, geralmente, se alimentam de muita gordura e açúcares, além de não praticarem exercícios físicos regularmente (ao menos três vezes na semana). Essa rotina contribui para o surgimento de doenças como hipertensão e diabetes.
Obesidade, sobrepeso, tabagismo, alcoolismo, drogas, além de fatores psicológicos como a depressão, compulsão alimentar, bulimia e anorexia, também podem influenciar na alteração da idade metabólica.
A nutricionista ainda explica que a idade metabólica é identificada mediante a “comparação entre a taxa metabólica basal do paciente (isto é, com base no que a pessoa necessita para realizar as atividades diárias) e a média por idade associada com o nível do metabolismo”. Para tanto, é preciso fazer uma avaliação nutricional e física.
Na primeira, são identificados hábitos alimentares incorretos e possíveis deficiências nutricionais. Já na avaliação física, são analisados: peso, altura, medidas de circunferência (cintura, quadril, tórax, braço, antebraço, abdômen, coxa e panturrilha) e das dobras cutâneas.
Se os maus hábitos tornam o organismo mais velho do que sua idade cronológica, os bons hábitos promovem o efeito inverso. “Essa alteração é uma via de mão dupla, porque indivíduos com idades cronológicas avançadas, que cultivaram hábitos saudáveis na juventude e idade adulta, podem nesses casos ter a idade metabólica reduzida”, afirma a nutricionista Luziane Dalla Costa.

Dicas de Alimentação
A ação antioxidante de vitaminas encontradas em frutas e verduras retarda o envelhecimento celular. Confira alguns desses alimentos:
Vitamina A: abóbora, brócolis, cenoura, damasco seco e melão;
Vitamina C: frutas cítricas e vegetais verdes, como acerola, brócolis, caju, couve, kiwi, laranja, lima, limão, morango e tomate;
Vitamina E: a fonte mais importante é o gérmen de trigo, mas pode ser encontrada em amêndoas, castanhas-do-pará, gemas, legumes, vegetais folhosos e óleos de algodão, arroz, girassol, milho e soja;
Bioflavonóides: frutas cítricas e uvas vermelhas ou escuras;
Catequinas: chá verde, morango e uva;
Isoflavonas: principalmente na soja;
Licopeno: principalmente no tomate;
Selênio: aves, carnes, frutos do mar, fígado e castanha-do-pará;

Zinco: aves, carnes, cereais integrais, feijões, frutos do mar, leite e nozes.

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Como ter boa vida longa


Quem não quer uma velhice segura e livre de doenças? Não há uma fórmula para isso, mas alguns cuidados devem ser adotados desde cedo. “Esta preocupação tem que começar antes da infância. Tem que estar no currículo escolar”, diz o geriatra Salo Buksman.
Listamos abaixo alguns fatores que merecem sua atenção durante toda a vida:

1. Genética
De acordo com o geriatra, a genética explica porque algumas pessoas consomem grodura e outros alimentos pouco saudáveis e continuam cheias de saúde por muitos anos. Ainda não se sabe exatamente o peso da genética na longevidade, mas é bom saber como e por quantos anos avós, bisavós e tataravós viveram.
O também geriatra Alessandro Campolina afirma que quem tem avós e pais longevos deve ter ainda mais empenho em se cuidar. “Essa informação é importante para quem tem uma genética favorável. Ter avós que viveram 90 anos pode ser um indicativo maior para se cuidar e chegar com saúde aos 100 anos”, disse.

2. Atividade Física
Esse é o fator de envelhecimento saudável número um, já que a genética é contar com a sorte. Buksman afirma que o ideal é fazer atividades aeróbicas - como caminhada - e também as que fortaleçam a musculatura. “Além de fazer bem para a saúde, ajuda a manter a força muscular, o que evita quedas" diz.
A frequência e a intensidade de atividade física devem variar para cada idade. Antes dos 60 anos, a indicação é que a pessoa saudável não seja sedentária, que caminhe pelo menos 40 minutos por dia e faça semanalmente atividades que fortaleçam os músculos. Depois disso, vale a máxima: 'faça o quanto é bom para você'. Pessoas entre 90 a 100 anos devem percorrer algumas vezes um corredor, por exemplo, ou se exercitar levantando e sentando três vezes seguidas da cadeira.

3. Atividade Mental
“É preciso se manter ativo socialmente, sentir-se útil, senão a vida perde a graça”, diz Buksman. Para isso, ele afirma que vale cuidar dos netos, fazer voluntariado após se aposentar e, principalmente, criar ou produzir algo novo. Se levarmos em conta que a expectativa de vida do brasileiro é atualmente de quase 80 anos, há muita história pela frente quando se chega aos 60.
Para evitar o envelhecimento acompanhado de doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e mal de Parkinson, especialistas indicam exercícios mentais, como leitura, jogos de palavras cruzadas e ouvir música. “Mas não é para fazer uma coisa ou outra, é preciso exercitar todas as funções cognitivas”, diz Paulo Camiz, geriatra do Hospital das Clínicas.

4. Dieta Saudável
Médicos afirmam que a baixa ingestão de gorduras, como se observa na dieta mediterrânea, prolonga a vida. Ao valorizar o consumo de peixes, frutas, verduras, legumes e cereais, além de limitar o consumo de carnes vermelhas e laticínios, reduz as chances de quilos extras, decorrentes do envelhecimento, e o aparecimento de doenças cardiovasculares.
Moderação também é importante. ”Comer excessivamente também é ruim. É preciso evitar a obesidade, que desencadeia várias doenças: desde as que afetam o coração até as artroses, que limitam o idoso e fazem com que ele perca a autonomia”, afirma o geriatra Salo Buksman.

5. Vida emocional estável
Estudos mostram que ter uma boa vida em família tem relação com a longevidade. Ter um casamento estável, baseado em uma relação de muito amor e confiança é uma característica comum entre as pessoas longevas. Isto porque a maneira como lidamos com as emoções também conta para a longevidade. “As preocupações e os problemas da vida têm um peso alto na longevidade”, disse Marcelo Levites, médico de Família do Hospital 9 de Julho.
Uma pesquisa recente mostrou que a solidão aumenta o risco de morte de idosos ainda mais que a obesidade. “Vemos que chegar a muitos anos de vida é uma conquista que tem relação muito forte entre a estabilidade no casamento, com a família, além da ausência de eventos de depressão", diz Buksman.

6. Controle rigoroso de doenças degenerativas

Os problemas cardiovasculares e o câncer são as doenças que mais matam no mundo. Além de cuidados com a alimentação e a prática de atividades física, hábitos como o álcool e o fumo também são fatores de risco. Alguns estudos até atribuem a maior longevidade das mulheres em relação aos homens por causa do menor consumo de álcool e cigarro. “Temos uma população grande que morre antes dos 80, 70 por causa destas doenças”, resume Buksman.

FONTE: IG

domingo, 11 de outubro de 2015

Ser o que sempre quis... depois dos 70 anos!


Conheça a história de Judith Caggiano, de 82 anos, que exibe tatuagens, piercings, liberdade e disposição de sobra, após 50 anos de casamento.

Viúva há três anos, Judith Caggiano precisava aprender a sorrir e a sair de casa sozinha. Depois de cinco décadas dedicadas ao casamento, a morte do marido possessivo - mas excelente pai, ela garante - encerrou um ciclo. “Virei dona da minha própria vida aos 72 anos”, conta em entrevista ao Delas, do site IG.
Como um inusitado contraste aos cabelos brancos, uma tatuagem tribal foi o desenho escolhido para marcar a fase. Na região da nuca, a “Liberdade”, como chama a primeira tatuagem, dividiria espaço, no futuro, com outras 67, que ela exibe hoje com orgulho, aos 82 anos. “Meu casamento foi maravilhoso, mas não era nada do que eu esperava. Ainda assim, cumpri meu papel e criei nossos filhos”, desabafa Judith.
O novo visual inclui ainda 18 piercings, anéis em todos os dedos e um generoso decote, que certamente seria desaprovado pelo falecido marido.
Conhecida e com entrada liberada nas principais casas noturnas de Santo André (SP), Judith aprendeu a gostar de punk rock, reggae e samba ao lado de jovens de 19 anos. “Não tenho amigas com a minha idade, só conhecidas. Mulher muito velha só fala de doença e dores. Fico com os jovens, porque eles falam a minha língua, tá ligada?”, comenta.
No corpo, os desenhos de estrelas que cobrem o ombro e braço direito representam os filhos, netos e bisnetos. Nas costas, uma fada e um sol no amanhecer: “Apresento ela como a safada. Falo tão rápido que ninguém percebe. E o sol representa o início da manhã, quando chego da balada”. Para Judith, a festa termina sempre às 6h30, horário que a padaria abre com a primeira fornada de pães.
Ao chegar em casa, cruza com sua primeira filha, Sirlei Caggiano, de 60, que assumiu já ter perdido o controle sobre as saídas da mãe. “Depois que ficou viúva, ela se libertou. Quando fala que vai viajar e passar uma semana fora, eu nunca sei se volta em três dias, uma semana ou três meses”, diz a filha.
Questionada se já sofreu preconceito pelo visual irreverente, Judith faz uma breve pausa e responde: “Se sofri, não percebi. Meu sorriso vai na frente”.
Para ela, as tatuagens e os piercings não são fundamentais, mas ajudaram a expor ao mundo e aos familiares a real personalidade.
“Idade pra mim é um número e tatuagem é avanço. Morte? Sei que tenho um prazo de validade. Vou lá saber quando vou vencer, meu. Minha vida é linda.”


FONTE: IG

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Você sofre de confusão mental?


Confusão mental é a incapacidade que uma pessoa tem de pensar com clareza e agilidade, além da sensação de desorientação, dificuldades para tomar decisões, prestar atenção ou de se lembrar de determinadas coisas.
No caso dos idosos, o transtorno muitas vezes faz com que a pessoa utilize garfo para tomar uma sopa, vista roupas de inverno no verão e até manifeste dificuldades em compreender ordens simples.
O transtorno pode ser um sintoma de alguns problemas de saúde ou resultado de alguns comportamentos de risco, como uso de medicamentos, deficiências nutricionais ou consumo excessivo de álcool.
Principais causas e tratamentos para confusão mental no idoso:

- Desidratação grave
A falta de água no organismo aumenta a quantidade de substâncias tóxicas no sangue, prejudicando o funcionamento das células do cérebro e, consequentemente, provocando uma desorientação.
Quando isso ocorre, é necessário levá-lo imediatamente ao hospital, onde receberá soro venoso para a reposição de água e minerais. O procedimento ainda previne outros problemas, como mau funcionamento do coração e dos rins.
Para evitar este quadro extremo, é preciso observar a quantidade de líquido ingerido pela pessoa diariamente. Como idosos não sentem sede com frequência, é necessário oferecer água várias vezes ao dia e ter o controle da quantidade consumida, visando a suprir a necessidade diária do organismo.

- Demência
O tratamento da confusão mental, decorrente de doenças como Alzheimer ou Parkinson, consiste no uso de medicamentos prescritos pelo psiquiatra, visando a retardar o avanço da doença. É lento e progressivo.
A demência não tem cura e faz com que o idoso tenha cada vez mais necessidade de cuidados e menor capacidade de compreensão.

- AVC
A confusão mental pode ocorrer porque uma região é afetada e não consegue realizar suas funções corretamente, em razão de um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Em caso de suspeita de derrame, conduza a pessoa imediatamente ao hospital.
Caso tenha sofrido um AVC, o idoso pode, além de manter o quadro de confusão mental, perder força nos membros e ter dificuldades na fala.

Outras causas muito comuns que podem levar ao quadro de confusão mental no idoso são: infeção urinária, hiperglicemia, hipoglicemia e problemas respiratórios, como insuficiência respiratória.

Por isso, é importante realizar consultas regulares no geriatra, para identificar e tratar precocemente as causas da confusão mental. Ignorar os sinais poderá agravar o quadro clínico e tornar a recuperação mais complexa.