segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Calvície: genética não é tudo



   A calvície é uma condição mais comum entre os homens. Isso ocorre porque a queda dos cabelos está diretamente associada à presença dos hormônios sexuais masculinos e, de modo especial, a testosterona. As mulheres também produzem esse hormônio, mas em quantidade bem pequena. Por isso, os casos de calvície feminina são mais raros e, quando ocorrem, a perda capilar é menos drástica.
   O ciclo de vida de cada fio de cabelo é marcado por fases de crescimento, repouso e queda. Cerca de 90% dos nossos cabelos estão na fase de crescimento. Depois de um curto período em que para de crescer, o fio cai e, no seu lugar, um novo fio entra na fase de crescimento. Por causa desse processo de renovação contínua, uma pessoa pode perder entre 50 a 100 fios de cabelo todos os dias, sem risco de desenvolver calvície. O fato é que a duração média de um fio de cabelo, do nascimento até a queda, é cerca de um ano e meio a dois anos.

Causas
   As duas principais causas da queda permanente dos cabelos são a hereditariedade e os hormônios masculinos. Ambos promovem a atrofia dos folículos (bulbos) capilares e aceleram a queda definitiva.
   As outras são: o excesso de oleosidade (típico da dermatite seborreica), a aplicação exagerada de produtos químicos, distúrbios da tireoide, má alimentação, carência de vitaminas, o uso certos medicamentos e estresse. Após cirurgias e partos ou durante as aplicações de quimioterapia, a perda de cabelo pode ser mais intensa, mas é passageira. Nesses casos, cessada a causa, o cabelo volta a crescer.

Sintomas nos homens
   Os primeiros sinais da calvície nos homens (alopecia androgenética) podem aparecer entre 17 e 23 anos. Dezessete anos é uma idade realmente decisiva para este quadro. Os cabelos não caem de uma vez, mas a queda é contínua, persistente e irreversível, porque é determinada pelos genes que a pessoa herdou do pai e/ou da mãe.
  No início, as falhas aparecem perto da testa, formando as famosas ‘entradas’. Depois, começa a se estabelecer a “coroinha de padre”, um círculo sem cabelos no topo da cabeça. Na maior parte dos casos, os fios continuam caindo até que a calvície ocupe toda a parte superior, restando apenas fios concentrados em faixas nas laterais e atrás da cabeça.
   Quando os sinais começam a aparecer mais tarde, por volta dos 25 e 26 anos, a queda é mais lenta e costuma responder melhor ao tratamento. No entanto, o mais provável é que, depois dos 50 anos, todos os homens de uma família geneticamente predisposta apresentem, em grau menor ou maior, sinais da perda anormal de cabelos.

Sintomas nas mulheres
   Até a menopausa, as mulheres contam com a proteção dos hormônios femininos. Depois, quando os níveis de estrogênio reduzem drasticamente, a proteção desaparece e, aquelas que apresentam predisposição genética, podem manifestar uma queda anormal de cabelos. Diferente do que acontece com os homens, nas mulheres os cabelos da frente permanecem, mas os fios ficam finos e rarefeitos, especialmente no topo da cabeça, a ponto de, nos casos mais avançados, o couro cabeludo tornar-se visível.
   Os casos de alopecia androgenética feminina vêm aumentando, à medida que as condições da vida moderna expõem as mulheres a maior carga de estresse, tensão e ansiedade.  São considerados outros fatores de risco o excesso de produtos químicos utilizados nas tinturas, alisamentos e permanentes, além de hábitos como puxar muito os cabelos para prendê-los em rabos de cavalo ou tranças, carência de nutrientes e vitaminas, em decorrência de dietas restritivas para emagrecimento.

Tratamento
   Exceção feita à queda de cabelos em razão da hereditariedade, o problema pode ser evitado ou retardado, mediante o afastamento dos fatores de risco e uso de medicamentos específicos.
   O minoxidil é um vasodilatador apresentado sob a forma de loção de uso tópico, que ajuda a bloquear a ação dos derivados da testosterona no bulbo capilar e pode acelerar o crescimento dos cabelos. Como estimula o aparecimento de pelos na face e no corpo, seu uso é contraindicado para as mulheres.
    Já a finasterida, um medicamento para reduzir o tamanho da próstata, que se mostrou também eficaz nos casos de calvície hereditária, é indicado exclusivamente para os homens. A advertência de que mulheres férteis ou grávidas não devem sequer tocar nos comprimidos, porque seu uso pode causar má formação fetal, conforme informação presente na bula do remédio.
   Há casos em que só o implante de cabelos pode representar uma solução estética para a calvície. O procedimento cirúrgico consiste na retirada dos bulbos capilares existentes atrás e nas laterais da cabeça, regiões que não sofrem a ação dos fatores genéticos e hormonais, para implantá-los na área rarefeita do couro cabeludo.

 Recomendações
   Alguns casos de perda de cabelos merecem atenção especial. Nem todos os tratamentos para calvície produzem os efeitos desejados. Em alguns casos, podem oferecer reações colaterais consideravelmente adversas. Por isso, não se automedique e procure dermatologista, assim que notar que:
* os cabelos estão caindo mais depressa e em maior quantidade nos últimos meses, ou caem em tufos;
* o couro cabeludo está vermelho, coça muito ou arde;
* a produção de oleosidade está muito acima do normal;
* sinais de caspa aparecem nas roupas e nos fios.
   Cabe lembrar que, como todas as outras funções do organismo, a renovação dos cabelos fica mais lenta com o passar dos anos. Além disso, grande parte dos fios que caem, não volta a crescer. De acordo com a herança genética, a alopecia androgenética atinge em graus diferentes os homens e as mulheres acima dos 50 anos.

FONTE: BLOG DR DRAUZIO VARELLA

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Americana de 87 anos se forma na faculdade, sete décadas depois de largar estudos


Após criar cinco filhas, Jean Kops se matriculou no curso de Artes da University of Nebraska-Lincoln
   Dia 15 de agosto de 2015 foi uma data especial para Jean Kops. Aos 87 anos, ela finalmente  pôde receber seu diploma de graduação em Artes pela na University of Nebraska-Lincoln, nos Estados Unidos. Um feito que ela aguardou por 70 anos.
   Kops entrou na faculdade em 1945, mas saiu dois anos depois para se casar com Lyle Kops e começar uma família perto de Bassett, sua cidade natal em Nebraska.
- Estava um pouco cansada - disse ela ao site da universidade, explicando sua decisão de desistir. - Não havia muitas opções para as mulheres. Estava matriculada na faculdade de educação. E acho que nunca quis ser professora.
   Jean contou que ela e o marido tiveram cinco filhas e uma boa vida, mas sempre comentavam sobre a volta à faculdade. Quando Lyle morreu, após uma doença em 2011, Jean começou a pensar que talvez fosse bom momento para realizar esse antigo desejo.
   E assim foi. Encorajada pela família, ela se matriculou em disciplinas on-line e, depois, começou a frequentar as turmas presenciais. Nessa fase, ela precisou se mudar para Lincoln para frequentar o curso.
   Mesmo com dificuldade em algumas matérias, ela fez questão de ir até o fim. Jean disse que, há cerca de um ano, podia enxergar o fim da linha. Então, decidiu assumir uma carga relativamente pesada de três disciplinas neste verão. O resultado de toda essa experiência, segundo ela, é motivador:
- É uma mistura de sentimentos - disse. - É um alívio, mas me senti um pouco triste também em saber que não terei mais aulas.
   Agora, ao contrário dos colegas de turma, ela não sofrerá a pressão de descobrir o que fazer após a faculdade ou sair enviando currículos. Jean pretende viajar, ver a família e voltar a ler por lazer, já que não sobrava muito tempo em meio à rotina acadêmica.
   Outra certeza é que seu diploma será pendurado em um lugar de destaque na parede de casa:
- Isso é o que provavelmente vou fazer: sentar e olhar para o meu diploma.


FONTE: O GLOBO

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Idosos na web: navegar é preciso


   Pesquisa realizada no Reino Unido por dois anos revela que o uso das redes sociais por pessoas idosas tem sido um “santo remédio”, ao desenvolver suas capacidades cognitivas, autoconfiança e combater a solidão.
   O uso das redes sociais como Facebook e aplicativos de comunicação simultânea, além de ser crescente entre milhões de jovens, funciona como uma “terapia” para pessoas acima dos 60 anos. E a explicação é simples: isso ocorre porque nos sentimos melhor quando nos conectamos aos demais. 
 Essa é a conclusão do estudo “Ages 2.0”, coordenado pelo Dr. Thomas Morton, da Universidad de Exeter, em parceria com Somerset Care Ltd, Torbay & Southern Devon Health y Care NHS Trust.
  A pesquisa procurou definir o alcance da Internet e das redes sociais como ferramentas para promoção de um envelhecimento ativo, ao combater o isolamento social, tão comum na terceira idade.
   As instituições participantes analisaram um grupo de idosos frágeis, entre 60 e 95 anos, e para os quais foram disponibilizados computadores desenvolvidos especialmente para eles. Por meio do Easy PC, todos os idosos participantes da pesquisa conseguiram se cadastrar no Facebook, utilizar bate-papo de chat e se conectar na rede.
   Durante o projeto, alguns assistentes sociais estudaram os avanços dos idosos e as suas relações sociais, estimando sua saúde mental e física.  O resultado aponta melhoras significativas quando os idosos se conectavam pelo Skype ou trocavam mensagens de e-mail ou em redes sociais com amigos e familiares.
   Verificou-se, também, que os idosos instruídos para o uso das redes sociais desenvolviam autoconfiança, um sentimento mais vivo de identidade pessoal e melhoravam suas habilidades cognitivas. Esses efeitos são de grande importância para a saúde mental e sensação de bem-estar pessoal.
   O coordenador da pesquisa afirma que pessoas isoladas socialmente ou que experimentam alguma solidão são mais vulneráveis às enfermidades e ao envelhecimento frágil. Por isso, encontrar formas de manter a conexão social do idoso é uma causa tão relevante.

   Espera-se que os resultados positivos  desse estudo incentivem a formulação de políticas sociais de inclusão digital, associadas a programas de saúde e cuidado à distância. Em última instância, a eficácia das tecnologias da comunicação, neste caso, pode ser facilmente observada, uma vez que os idosos analisados conseguiram estabelecer contato mais frequente com seus amigos e familiares.

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

5 dicas simples para diminuir o risco de Alzheimer


   As últimas pesquisas relacionadas ao mal de Alzheimer chegam a uma conclusão clara: o estilo de vida de uma pessoa pode proteger ou não o seu cérebro. Nesse sentido, algumas mudanças na rotina podem ser decisivas e de benefícios imediatos.
  Fazer alterações no estilo de vida “parece mais promissor do que os estudos com medicamentos até o momento,” afirma o Dr. Richard Lipton, da Faculdade de Medicina Albert Einstein, em Nova Iorque, cujo laboratório pesquisa o que caracteriza um envelhecimento saudável. As descobertas em relação ao estresse fizeram com que o médico começasse a praticar ioga.
   A seguir, apresentamos cinco dicas para proteger o cérebro da perda de memória, de acordo com o resultado de pesquisas apresentadas na Conferência Internacional da Associação de Alzheimer.

MANTENHA UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL
   Dietas ricas em frutas e verduras e com pouca quantidade de gordura e açúcar são ótimas para as artérias que mantêm o sangue fluindo até o cérebro. A diabetes tipo 2, associada ao excesso de peso, aumenta o risco de demência ao longo da vida.
   Além do peso, o laboratório do  Dr. Lipton identificou que uma dieta saudável reduz o risco de prejuízo da “função executiva” em razão do envelhecimento. A função executiva é ligada a como o cérebro presta atenção, se organiza e realiza diferentes tarefas ao mesmo tempo.

DURMA MELHOR
   Estudos feitos com mais de 6.000 pessoas associaram a má qualidade do sono - e especialmente a apneia do sono - a problemas iniciais de memória, chamados de comprometimentos cognitivos leves, e que, por sua vez, podem aumentar o risco de Alzheimer. Outra pesquisa mostrou que a falta de sono pode estimular uma proteína chamada beta-amiloide, que causa obstruções no cérebro e é amplamente associada ao Alzheimer.
   Fale com o seu médico se você estiver lidando com problemas para dormir, aconselha a Dra. Kristine Yaffe, da Universidade da Califórnia, Estados Unidos: “Distúrbios do sono são muito comuns e vários deles são bastante tratáveis.”.

EXERCITE A MASSA CINZENTA
   Geralmente ouvimos recomendações para que pessoas idosas trabalhem com quebra-cabeças, façam aulas de música ou aprendam um novo idioma para manter o cérebro engajado, mas os efeitos desse tipo de aprendizado na proteção do cérebro podem começar décadas antes.
   Na Suécia, pesquisadores do Karolinska Institute avaliaram boletins de escola e históricos de trabalho de mais de 7.000 adultos e observaram que boas notas, obtidas até os 10 anos de vida, apontam um menor risco de  demência no futuro. O mesmo ocorreu em relação a trabalhos que requerem habilidades avançadas no trato de números e, no caso das mulheres, interações complexas com pessoas - profissões como pesquisadora ou professora.
Por quê? Aprender e pensar de forma complexa fortalece as conexões entre as células nervosas, construindo uma “reserva cognitiva” para que, conforme o Alzheimer se desenvolva, o cérebro possa suportar mais danos antes que os sintomas se tornem aparentes.

MEXA-SE
   A atividade física combate uma longa lista de problemas (pressão alta, diabetes, colesterol alto, entre outros) que podem aumentar o risco de perda de memória no futuro. É importante ter em mente que, o que é bom para o coração, também é bom para o cérebro.
   E vale a pena começar cedo: um estudo acompanhou os hábitos de 3.200 jovens adultos durante 25 anos e descobriu que os menos ativos apresentavam a pior cognição quando atingiam a meia-idade. Comportamentos sedentários, como assistir televisão, tiveram uma influência importante nos resultados.

NÃO SE ESQUEÇA DA SAÚDE MENTAL
   A depressão após a meia-idade também é um fator de risco para o Alzheimer. Pesquisadores de Harvard descobriram que a solidão acelera o declínio cognitivo, em um estudo que acompanhou mais de 8.000 idosos por mais de uma década.

   Segundo Dr. Lipton, o estresse também faz mal para o cérebro. Nesse caso, o problema não reside no estresse em si, mas na forma como lidamos com ele. Remoer acontecimentos com esse efeito, por exemplo, prolonga sua ação prejudicial às células do cérebro. Um estudo identificou que os idosos que apresentam mais dificuldades para lidar com o estresse, são mais suscetíveis a desenvolver alterações cognitivas leves durante os quatro anos seguintes do acontecimento.

FONTE: YAHOO