Veja como alguns municípios
brasileiros podem aprender com regiões mais envelhecidas, fortalecendo laços
comunitários a partir da readequação de locais públicos além de fortalecer
relações intergeracionais.
Duas notícias
recentes de Portugal chamaram a atenção pelas lições a serem extraídas de um
país já bem envelhecido. Uma delas nos faz pensar sobre o que acontece com os espaços
públicos de uma cidade quando seus habitantes envelhecem. É comum vermos em
algumas partes de São Paulo o abandono desses patrimônios , mas o que fazer com eles?
A primeira delas trazia como título a seguinte manchete: “Escolas
aproveitadas para acolher idosos e associações”. E noticiava que quatro escolas
primárias desativadas, estavam sendo adaptadas para um centro de apoio ao
idoso, ajudando os mais velhos na aquisição de medicamentos e alimentos, e
sedes de associações locais, evitando assim o isolamento social.
Estas adaptações têm como objetivo funcionar como um centro dia,
acolhendo entre 25 a 30 idosos, desenvolvendo um apoio que vai desde a compra
de alimentos até aos medicamentos para quem já não consegue ou não tem como se
deslocar. Nesses espaços os idosos podem ainda pagar suas contas de água e luz.
A escola adaptada tem espaço para a área da saúde, cultura e animação social.
Intergeracionalidade
A segunda notícia, intitulada “Câmara de Viseu quer idosos a
acolher jovens estudantes”, assinalava que estavam identificando pessoas idosas
no centro histórico da cidade dispostas a acolher jovens estudantes nas suas
casas, com o objetivo de colocar em prática o projeto intergeracional.
O programa consiste na pessoa mais velha disponibilizar o
alojamento, (por um preço quase simbólico, com a obrigatoriedade de o jovem
poder também acompanhar o idoso). A notícia assinalava ainda que “a autarquia
pretende, não só incentivar a solidariedade entre os mais novos e os mais
velhos, mas também contribuir para povoar cada vez mais o centro histórico.
Ambas as notícias poderiam fazer parte de programas municipais
brasileiros, fortalecendo laços comunitários a partir da readequação de espaços
urbanos como também ampliar e fortalecer relações intergeracionais, além de um
reuso do centro, como o de São Paulo, por exemplo, sem ter que gastar muito
dinheiro público.
Fonte: Portal do envelhecimento
Nenhum comentário:
Postar um comentário