sexta-feira, 7 de março de 2014

Aprender com os mais “velhos”

Veja como alguns municípios brasileiros podem aprender com regiões mais envelhecidas, fortalecendo laços comunitários a partir da readequação de locais públicos além de fortalecer relações intergeracionais.
Duas notícias recentes de Portugal chamaram a atenção pelas lições a serem extraídas de um país já bem envelhecido. Uma delas nos faz pensar sobre o que acontece com os espaços públicos de uma cidade quando seus habitantes envelhecem. É comum vermos em algumas partes de São Paulo o abandono  desses  patrimônios , mas o que fazer com eles?
A primeira delas trazia como título a seguinte manchete: “Escolas aproveitadas para acolher idosos e associações”. E noticiava que quatro escolas primárias desativadas, estavam sendo adaptadas para um centro de apoio ao idoso, ajudando os mais velhos na aquisição de medicamentos e alimentos, e sedes de associações locais, evitando assim o isolamento social.

Estas adaptações têm como objetivo funcionar como um centro dia, acolhendo entre 25 a 30 idosos, desenvolvendo um apoio que vai desde a compra de alimentos até aos medicamentos para quem já não consegue ou não tem como se deslocar. Nesses espaços os idosos podem ainda pagar suas contas de água e luz. A escola adaptada tem espaço para a área da saúde, cultura e animação social.

Intergeracionalidade

A segunda notícia, intitulada “Câmara de Viseu quer idosos a acolher jovens estudantes”, assinalava que estavam identificando pessoas idosas no centro histórico da cidade dispostas a acolher jovens estudantes nas suas casas, com o objetivo de colocar em prática o projeto intergeracional.

O programa consiste na pessoa mais velha disponibilizar o alojamento, (por um preço quase simbólico, com a obrigatoriedade de o jovem poder também acompanhar o idoso). A notícia assinalava ainda que “a autarquia pretende, não só incentivar a solidariedade entre os mais novos e os mais velhos, mas também contribuir para povoar cada vez mais o centro histórico.

Ambas as notícias poderiam fazer parte de programas municipais brasileiros, fortalecendo laços comunitários a partir da readequação de espaços urbanos como também ampliar e fortalecer relações intergeracionais, além de um reuso do centro, como o de São Paulo, por exemplo, sem ter que gastar muito dinheiro público.


Fonte: Portal do envelhecimento 

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